quarta-feira, 25 de abril de 2012

PREPARE O BOLSO PERNAMBUCOS

Energia elétrica aumenta 5,41% em Pernambuco

O reajuste começará a contar a partir do consumo do próximo domingo (29)

‘PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO”


‘PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO”



INTRODUÇÃO:  De Pérgamo um antigo escritor disse que "entregou-se à idolatria mais do que toda a Ásia".    A elevada    montanha que   ficava por   trás dela  era adornada com numerosos templos, entre os quais se encontrava o grande templo de Zeus, que era chamado Soter Theos, o  Deus   Salvador.  Pérgamo  foi  a primeira  cidade  na Ásia a erigir um  templo  em  honra   de Augusto.   Ficou famosa por  suas  escolas de medicina;  e Asclépio, deus da saúde, simbolizado por uma serpente, era ali adorado. Ramsay diz: "Além de todas as  cidades  da Ásia  Menor, ela dá  ao viajante  a impressão  de ser  a sede  da  autoridade".  Como é  apropriado  então que lá fosse,     segundo se diz,   o trono   de    Satanás.    Muito    se tem   discutido   sobre   o       que exatamente eram os nicolaítas   (aqui e em 2:6).   De algum modo eles encorajavam    alguns na igreja a retomarem à frouxidão pagã dos costumes.    Ser cristão     em Pérgamo significava enfrentar o que pode chamar-se, como o teria feito Cromwell, "um compromisso muito difícil".

Vs.12a-A palavra “habitar” significa ter lugar de residência fixo num lugar.

Vs.12-A palavra de Deus é uma espada, capaz de cortar pecado e pecadores. Gira e corta por todas partes, mas o   crente não    tem que temer esta espada; embora a confiança não pode receber respaldo sem uma obediência constante.     Como nosso Senhor nota as vantagens e oportunidades que  temos para  cumprir  nosso dever nos   lugares    onde habitamos,   assim percebe nossas tentações e desalentos pelas mesmas causas . Em  uma situação  de prova, a igreja Deus Pérgamo não negou a fé, nem por apostasia franca, nem por  ceder a fim de evitar a cruz. Cristo elogia sua firmeza, porém repreende suas faltas pecaminosas. Uma visão errada da doutrina    do evangelho    e da liberdade cristã    era a    raiz da amargura da qual surgiram maus costumes. Ao arrependimento é o dever das igrejas e corpos de homens, e das pessoas particulares: os que pecam juntos, devem arrepender-se juntos.

Aqui está a promessa de favor para os que vençam. As influências e as consolações do Espírito deCristo  descem desde  o céu   até a alma   , para apoiá-la. Isto está oculto do resto do mundo. O homem novo é o nome da adoção: quando o Espírito Santo mostra sua obra na alma do crente, ele compreende o nome novo e sua verdadeira importância.

Vs.13b-Conservas o meu nome      (―Manténs firme o meu nome‖).    O termo ―conservar‖ é demasiado inexpressivo.   A questão era apegar-se com toda a força e agarrar-se com unhas e dentes. Algo estava para ser    arrancado da igreja (cf. Ap 2.25; 3.11). Convidava-se para soltar. Uma onda de   perseguição passou por cima da   comunidade. A luta girava em torno do nome Jesus.

Vs13C-E não negaste a minha fé (―E não negaste a fidelidade para comigo‖).   A acepção mais singela   de ―   negar‖ é dizer não quando   perguntado.   Seu oposto é ―confessar‖: dizer sim diante de uma declaração   (ambas as expressões em Jo 1.20).    Conseqüentemente, havia em Pérgamo   discussões   duras e pressão  maciça  para que se renunciasse à fidelidade ao Senhor Jesus. Contudo, a igreja foi aprovada ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós,     onde Satanás habita. Entrementes ficaram para trás os dias difíceis, repletos de trevas satânicas.   Toda a comunidade havia se tornado o foco de ataques públicos, contudo Antipas foi a única vítima. Ele recebe o mesmo título de Jesus Cristo em Ap 1.5.  Nisso expressa-se a estreita união de destinos. O Senhor o atrai para bem perto de si.

Vs.14- O conselho   que  Balaão deu  ao   rei Balaque (Nm 31.16; 25.1-3)    consistia    de   algo ―insignificante‖ quando comparado à preparação de uma batalha de campo: ―convida-os a participarem no culto aos ídolos     (e para a imoralidade comum nessas ocasiões)!    Não lhes envies um grande exército, mas pequenas donzelas!‖ Trata-se, portanto, de uma ninharia no sentido    de uma armadilha. ―Tens entre    ti alguns    daqueles   que se apegam à doutrina de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas diante dos (‗seduzir os‘) filhos de Israel (para a apostasia,) para comerem coisas (‗carne‘ [cf. TEB, BJ]) sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição (‗imoralidade‘)‖.

“Saí do meio deles”, diz-lhes (2 Coríntios 6:17). Esta diferença com relação ao mundo não significa que o cristão deve isolar-se e viver separado do mundo, nem significa que se deva desprezar, odiar ou ter em menos conta o mundo. (1 Coríntios 9:22).

Vs.14b-Tu  tens  os  que  da mesma  forma  sustentam (―se apegam‖ ―seguem‖ [RC]) é uma expressão totalmente neutra, não revelando nenhuma tomada de partido. Não se pode dizer, como em relação a Éfeso: ―Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas‖ (Ap 2.6),  nem  como  dos  cristãos em Tiatira: ―Tu os toleras‖ (Ap 2.20).   Em Pérgamo, esses dois grupos e essas duas correntes de proclamação caminham simplesmente lado a lado. Contudo, essa neutralidade dentro da igreja constitui justamente   o ponto  de acusação contra a igreja em Pérgamo,  que para fora testemunha    de maneira tão corajosa. Como os mesmos homens ficaram   calados,   estranhamente  calados!  Isso   é infidelidade    na essência.    A força   para testemunhar ficou paralisada e     foi interrompida num determinado ponto. Havia algo dentro deles que se entendia com os   balaamitas e    que tinha o efeito de um corpo estranho na sua relação com Jesus.

Vs.17a-Ela se prolonga até o teu hoje.      De maneira inalterada vives onde se situa o trono de Satanás. Naquela época, a ‗velha serpente‘       apareceu como assassina, agora aparece como sedutora. Portanto, duas vezes Satanás. É por isso que a tua fidelidade está em jogo duas vezes e duas vezes a tua vitória. Reconhece     a duplicidade   dos acontecimentos e não corras para a cilada, depois que venceste no conflito aberto.‖ No centro   da igreja   posiciona-se o Senhor da mesma, cuja espada não perdeu o fio num dos lados. Seu alvo é uma vitória redundante.

Vs.17b-Ao  vencedor,   dar-lhe-ei do maná escondido.      Tanto lá como aqui fala-se da refeição como sinal da comunhão perfeita com Cristo. Bengel observa: ―Diante desse manjar o apetite pela carne sacrificada a ídolos deveria desaparecer‖.   Contudo, é verdade que Ap 2.7 se move de acordo com os parâmetros da idéia do paraíso. Agora, porém, o pano de fundo é a época de Moisés, motivo pelo qual é feita associação com a alimentação no deserto.

Vs.17-Os grandes gladiadores eram os heróis mais admirados por Roma.   Em geral o gladiador devia pelejar até que algum contendor o matasse. Mas se algum gladiador tinha ganho honras especiais e sua carreira tinha sido particularmente brilhante, ao envelhecer era excetuado   da obrigação de seguir pelejando, permitindo-se que se aposentasse com honras. Tais homens recebiam uma tessera que tinha escritas as letras SP, iniciais que em latim significam: "homem cujo valor foi provado além de toda dúvida possível". Isto significaria que o cristão fiel é como

um gladiador que, tendo provado sua coragem na batalha da vida, pode desfrutar do descanso que Cristo lhe concede, com honras. Na antigüidade os dias especialmente felizes e bem-sucedidos se denominavam "dias brancos".

NOVO-Por outro lado, em grego há duas palavras para dizer "novo". Uma  coisa pode ser neos, que significa novo no que respeita ao tempo; pode tratar-se de um novo objeto de um tipo ou características bem conhecidas a muito tempo. Por outro, existe kainos, que significa novo não somente   com   relação  ao tempo  mas  também  em  qualidade.  Apocalipse  temos uma nova Jerusalém (3:12), uma nova canção

(5:9), novos céus e nova terra. Diz-se, fazendo uso desta palavra, que Deus faz novas todas as coisas (21:5). Tendo em conta estas observações, sugeriram-se duas linhas de pensamento.











REFERÊNCIA



*Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.



* Comentário Bíblico MOODY.



*Comentário Bíblico BARCLAY


quarta-feira, 18 de abril de 2012

“ESMIRNA A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR”

“ESMIRNA A  IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR”



TEXTO: Apocalípse 2.8-11.



Esboço. ESMIRNA – A COROA DA ÁSIA

Introdução:    A palavra Esmirna relaciona-se com a palavra mirra, que por sua vez é símbolo de morte.      A história de Esmirna tem sido uma sucessão de saques, incêndios, destruições. Policarpo, um dos mais famosos mártires da antiguidade, foi Bispo de Esmirna. Esta cidade é a única das    sete que ainda está em condições de desenvolvimento. Embora era inevitável que Éfeso fosse a primeira na lista das seteIgrejas, é natural que Esmirna, sua grande rival, apareça na segunda.

Entre todas as cidades da Ásia Menor,   Esmirna era a mais bela. Era chamada, naquela época, o ornamento  , a coroa ou a   flor da    Ásia.         Luciano     disse que era a mais bela de todas as cidades da Jônia.  Aristides que cantou a glória de  Esmirna, falou de        "sua graça, que se estende por todo mundo como um arco íris...  seu brilho, que permeia todo lugar sobre a Terra ealcança também o céu, como o brilho das armaduras de  bronze no poema de Homero. "Nenhuma outra cidade antiga poderia ter competido com Esmirna em beleza. Somava-se à sua beleza o fato que o zéfiro, suave e fresca brisa do oeste, soprava sempre em suas ruas. "Ovento zéfiro",  diz Aristides, "sempre sopra por toda a cidade, e a torna tão arejada como um jardim de árvores frondosas". Este vento a submetia a apenas uma desvantagem: Os desperdícios da cidade eram  jogados no mar e o vento do oeste tendia a devolvê-los a suas costas em vez de afastá-los delas.    Importante: Mas Esmirna tinha outros méritos além de sua beleza.   Era uma cidade   livre. Sabia     muito bem   o significado da lealdade e a fidelidade. De todas as cidades orientais tinha sido a mais fiel a Roma. Muito antes que Roma fosse a senhora indisputada do mundo antigo, Esmirna tinha lançado sua sorte com ela, e sua fidelidade nunca pereceu.  Cícero tinha     chamado a Esmirna .                                                                              "nossa aliada mais antiga e fiel ".Nacampanhacontra Mitrídates, no Longínquo Oriente, as coisas não tinham saído muito bem para os romanos. E quando as tropas imperiais estavam sofrendo fome e frio, os habitantes de Esmirna até tiraram a roupa que levavam sobre si para enviar à frente de batalha.

HISTÓRIA DA MORTE DE POLICARPO:   Policarpo era bispo de Esmirna, e foi martirizado no sábado 23 de fevereiro de 155. Nesses   dias eram   celebrados os jogos públicos e a cidade estava repleta de visitantes. Era uma multidão exaltada.

Repentinamente alguém gritou : "Morram os ateus, busquemos Policarpo." Policarpo poderia ter-se escondido, mas teve uma visão, num  sonho, na qual viu incendiar o travesseiro onde apoiava sua cabeça. Havia dito  a  seus   discípulos, então:    "Tenho que morrer queimado."Um jovem escravo, que sabia o lugar    onde se    encontrava, foi torturado até falar.    Então foram prendê-lo. Ordenou que todos os homens  que tinham vindo para levá-lo fossem alimentados e atendidos enquanto ele, durante uma hora, dedicava-se  à oração.   Nem sequer o chefe da

polícia tinha desejos de ver Policarpo morrer, porque muitos amavam. Durante a breve viagem à cidade rogou-lhe que acessasse a confessar   que César era o Senhor, para evitar desse modo o martírio. Mas

Policarpo não quis ouvir tal sugestão, porque para ele o único Senhor era  Jesus Cristo. Quando o introduziram à arena do circo, ouviu-se uma voz do céu que disse: "Seja forte, Policarpo,   aja como um homem." O procônsul lhe propôs que   escolhesse  entre  a  morte  ou  amaldiçoar   o nome de Cristo e oferecer um sacrifício  de incenso a César.    "Durante   oitenta e    seis anos o servi", disse Policarpo,  "e Ele nunca me traiu. Como posso blasfemar o nome de meu Rei, que me salvou? " O procônsul o ameaçou queimando vivo e    Policarpo lhe replicou: "Ameaça-me com um fogo que queima durante um pouco de tempo e em seguida se extingue, porque não conhece o fogo que espera os ímpios no juízo vindouro e na condenação eterna. Que esperas? Faz o que  tens pensado  fazer. " Em que pese os conselhos de  seus  perseguidores,  Policarpo não foi convencido. A multidão, então, equilibrou-se sobre eles, carregando vigas de   madeira dos estaleiros e dos banheiros. Até os juízes, em que pese que estavam   quebrando   a lei que lhes proíbe carregar vultos no dia de sábado, estavam entre   os primeiros a trazerem madeira para construir a pira de Policarpo. Quando estavam por atá-lo ao poste, Policarpo lhes disse: "Deixem-me como estou, porque Aquele que me dará força para suportar o fogo me permitirá permanecer imóvel sem a segurança de  seus pregos." De maneira que o deixaram sem atá-lo e acenderam o fogo. Policarpo então orou com grande voz. as chamas fizeram uma espécie de habitação em torno de  Policarpo e não   o tocaram.   O verdugo, então, vendo que as chamas não o  queimavam, atravessou-o com sua espada e conseguiu matá-lo. "E quando fez isto, saiu de seu peito uma pomba, e muito sangue, que apagou o fogo, e toda a multidão se maravilhou de que fosse tão grande a diferença entre os incrédulos e os escolhidos. Foi deste modo que Policarpo morreu em Esmirna, mártir da fé, fiel até a morte

Vs.8-“Conheço”  Sobre essa situação o Senhor exaltado diz: Conheço. Ele conhece essa situação a partir de sua própria experiência, motivo pelo qual compreende a sua igreja. Existe uma noite em que não se pode agir, mas somente sofrer. Durante os dias da Paixão de Cristo a lei da ação igualmente passou para os seus adversários. Ele atestou a seus perseguidores:

Vs.8-Cristo identifica-se com o título o primeiro e o último (Ap. 1:17), um título usado com referência ao próprio Deus em Is. 44:6; 48:12. Observe que Cristo apresenta as razões por que aqueles que são seus não devem temer: 1) Ele é o Primeiro e o Último, e aquele que vive; 2) Ele estava morto, mas viveu novamente; e 3) Ele tem as chaves da morte e do Hades (vs. 17, 18). Se Ele é o Primeiro e o Último, então Ele é o Cristo da criação no passado, e Aquele que vai levar todas as coisas à divinamente ordenada consumação no fim. Ele permanecerá quando todos os Seus inimigos já tiverem sido derrotados, e Satanás e toda a sua corte estiver derrotada para sempre. O fato de ter estado mono,identifica Cristo com a mais trágica de todas as experiências humanas. Nenhum simples ser humano pode vencer a morte – mas Cristo pôde. Assim como Ele esteve morto mas agora vive, nós, que somos Seus, embora morramos, estaremos para sempre vivos com Ele. O fato dEle ter as chaves da morte e do inferno certamente implica em que o destino das almas humanas está sob a jurisdição de Jesus Cristo. Cristo é o primeiro e o último. No Antigo Testamento este título

pertence a Deus. Isaías ouviu Deus dizer. “Eu sou o primeiro e Eu sou o último” (Isaías 44:6; 48:12). Este título tem dois aspectos. Para o cristão é uma magnífica promessa. Seja o que for que   aconteça   do   primeiro  dia  da  vida  até  o  último,  com  toda  a  colorida variedade de experiências que podem suceder, sejam boas ou más, o Cristo ressuscitado está conosco. Temos  sua  palavra  de  que  El e estará  conosco  sempre,  até  o  fim do  mundo.    A quem temeremos, então? Quem poderá nos assustar? Mas para os pagãos de Esmirna estas mesmas palavras são uma advertência.   Amavam a sua cidade.   Chamavam-na a    primeira     da Ásia e estavam dispostos a discutir com qualquer pessoa sua qualidade de principal.    Viviam num mundo pequeno de vaidade provinciana, no qual todos competiam para ser melhores que os demais e ascender um degrau acima dos outros. Todos queriam ocupar os primeiros lugares e se esforçavam para obtê-los. Mas o Cristo ressuscitado diz "Eu sou o primeiro e o último". Aqui se põe fim a todo orgulho humano.   Junto à   glória   de    Cristo   todos os nossos títulos ficam reduzidos ao ridículo, carecem de importância real. O inquérito judicial (EXCURSO 1c) não contém nenhuma repreensão. Traz ela, portanto, elogio por boas obras? Ao que parece, porém, a igreja não realiza nada. Ela tão-somente existe e sofre a ação de terceiros. A lei da ação reside integralmente no adversário, que a aflige, rouba e difama. Com palavras de Rm 8.36, os cristãos em Esmirna são ―considerados como ovelhas que vão para o matadouro‖.



Vs.8-“QUE FOI  MORTO E REVIVEU”

-Cristo é aquele que esteve morto e tornou a viver. Neste  versículo os tempos dos verbos são de primeiríssima importância. A palavra grega que traduzimos  "esteve" é genomenos, que pode traduzirse, com maior     fidelidade,        "chegou a estar".    Descreve um episódio, uma experiência transitiva, algo que sucedeu a alguém. Quando Cristo esteve morto, para Ele a morte foi uma experiência transitiva, um episódio de sua vida.  Experimentou a morte e a venceu, e já não esteve mais morto.   Quanto à palavra “tornou a viver”, devemos notar que se trata de        um verbo no    tempo passado (em aoristo no grego),   que   descreve uma ação já realizada de maneira completa. A tradução correta seria "voltou à vida de uma vez por todas". Faz-se referência, é obvio, ao evento da    ressurreição. O Cristo ressuscitado é Aquele que experimentou a morte, passou através da morte, e saiu da morte; voltou a viver, triunfante, pela ressurreição, e está vivo para sempre jamais. Aqui também há dois aspectos, mas desta vez ambos são para que o cristão tome nota deles.

(a) O Cristo ressuscitado tem a experiência do pior que a vida nos

pode oferecer. Sofreu a agonia e a agonia de uma cruz. Não importa o

que suceda aos cristãos de Esmirna, Cristo tinha vivido ainda pior. Jesus

Cristo pode nos ajudar porque Ele conhece as maiores amarguras da

vida, e ainda tem experiência da morte. Nada nos pode suceder que não

tenha sucedido, e ainda pior, a Ele.

(b) O Cristo ressuscitado conquistou o pior que a vida pode nos

oferecer. Triunfou sobre a dor, triunfou sobre a cruz, triunfou sobre a

morte. Não nos oferece algo que Ele mesmo não tenha conquistado em

sua própria experiência e vida. E o que nos oferece é o caminho para

uma vida vitoriosa.

Vs.9-PRIMEIRA PROVA: É tribulação. Já vimos que esta palavra, no idioma original, o grego do Novo Testamento, significava simplesmente a sensação do que é apertado por um peso ou força. A pressão dos acontecimentos pesava sobre a Igreja de Esmirna, e a força das circunstâncias procurava  obrigála a que abandonasse sua fé.

* A tribulação (cf. o comentário a Ap 1,9), desdobrada nos v. 9b,10, recorda ao leitor as ―aflições de Cristo‖ (Cl 1.24),



*SEGUNDA PROVA: É pobreza. No Novo Testamento a pobreza e a fé em Cristo

* e a pobreza, a ―pobreza dele‖ (2Co 8.9) no NT. De acordo com o comentário seguinte: mas tu és rico! deve ter-se tratado de     pobreza material, talvez como manifestação colateral da tribulação (cf. Hb 10.34).     Com demasiada facilidade,    porém,     a pobreza provoca danos espirituais. O termo grego (ptocheía) praticamente desenha diante de nós a imagem do mendigo agachado. Arisco e espantado, o pobre incomoda ao seu próximo. O judaísmo o desprezava, considerando-o como amaldiçoado por Deus.



* estão intimamente relacionadas. "Bem-aventurados os pobres", diz Jesus (Lucas 6:20). Tiago diz que Deus escolhe os pobres deste mundo para

que sejam ricos na fé (Tiago 2:5).

Devemos tomar nota da palavra que se usa neste caso.        Em grego há duas     palavras que designam o pobre. Uma, a que se usa aqui, é ptojia. A outra é penia. Esta define a condição do homem que deve trabalhar com suas mãos para ganhar o sustento. A primeira, pelo contrário, denota a destituição total. Em outras palavras, penia é o homem que carece do      supérfluo, ptojia o que não tem nem sequer o essencial.

A pobreza dos cristãos devia-se a duas razões. Devia-se a que a maioria dentre   eles pertencia às classes mais baixas da sociedade, e muitos deles eram escravos. O abismo entre os estratos sociais mais baixos e os mais altos não é coisa nova. No mundo antigo era ainda maior que em nossa época. Estas cartas foram escritas a Igrejas asiáticas, mas sabemos     que nessa mesma época em Roma os classes sociais mais baixas literalmente morriam de fome quando os ventos contrários      atrasavam     os carregamentos de cereais   provenientes de Alexandria e  fazia-se impossível distribuir a farinha gratuita que       recebiam como     único  meio de sustento.    Os primeiros cristãos sabiam     o que é a     pobreza absoluta.    Mas havia outra razão para que os cristãos fossem pobres. Ocorria  muito freqüentemente, naquela época, que as casas dos cristãos eram  saqueadas    por multidões avivadas. Assim, ficavam sem recursos de tudo

o que poderiam ter.  Não era coisa fácil ser cristão nos tempos de João, na cidade de Esmirna ou em qualquer outro lugar do mundo antigo.

*Continuação Vs.9-Os instigadores das perseguições eram os judeus. Era deles que provinham as calúnias. Em repetidas ocasiões, nos Atos dos Apóstolos, vemos como os judeus convenciam as autoridades para que tomassem  medidas contra os pregadores cristãos. Sucedeu em Antioquia (Atos13:50),  em Icônio (Atos 14:2, 5), em Listra (Atos 14:19) e em Tessalônica (Atos 17:5).

A história do que sucedeu em Antioquia é um bom exemplo de como agiam os judeus. Em Atos diz que os judeus conseguiram comover Apocalipse  um grupo de mulheres honoráveis e aos principais homens da cidade(Atos 13:50). Em torno da sinagoga se reuniam,habitualmente, muitos homens e mulheres "temerosos de Deus". Estes eram gentios que embora criam em Deus não estavam dispostos a aceitar o judaísmo até suas últimas conseqüências nem desejavam tornar-se prosélitos; eram atraíados pela pregação sobre um só Deus em lugar das teorias pagãs

sobre muitos deuses, e em especial a pureza da ética judia, em  comparação com a lenidade e a luxúria que, em matéria sexual,      era comum entre os        pagãos. Eram especialmente as mulheres as que se sentiam atraídas ao judaísmo, por    estas razões. Muito freqüentemente estas mulheres eram de alta posiçã  o social, esposas   de magistrados e governadores, e era mediante       estas que os     judeus influíam sobre as autoridades para que perseguissem os cristãos. Os judeus dispunham de molas — que certamente eram muito efetivas — para fazer com que as autoridades romanas tomassem medidas contra a Igreja. João chama os judeus de "a sinagoga de Satanás". Aqui João está usando uma expressão que era muito comum entre os judeus, ainda que nele assume o significado inverso. Quando os judeus ainda que nele assume o    significado inverso.     Quando   os judeus   se reuniam    gostavam   de         autodenominar-se"aassembléia do Senhor" (Números16:3; 20:4; 31:16). A palavra "sinagoga" significa literalmente "reunião", "assembléia"' ou "congregação". É como se João estivesse dizendo:

"Vocês se chamam a Assembléia de Deus quando, em realidade, não são

senão uma assembléia de Satanás, o Diabo."

Vs.9-BLASFÊMIAS E CALÚNIAS EM NÚMEROS DE SEIS:

1-Baseando-se nas palavras da comunhão — isto é o meu corpo, isto é o meu sangue — corria a história de que os cristãos eram canibais.

2-Porque os cristãos chamavam ágape a suas ceias fraternais (onde se celebrava a Eucaristia), e essa palavra em grego significa

"amor", dizia-se que os cristãos praticavam orgias de luxúria desatada e

terrível imoralidade

3-Sendo um fato que o cristianismo muitas vezes dividia as famílias quando alguns de seus membros se convertiam e outros seguiam

sendo pagãos, acusava-se a Igreja de ameaçar a estrutura familiar e interferir nas relações entre maridos e esposas, pais e filhos, etc.

4-Os pagãos acusavam os cristãos de ateísmo porque não podiam compreender um culto no qual não havia imagens da divindade que se honrava, como em seus templos.

5-Os cristãos eram acusados de ser cidadãos desleais e potenciais revolucionários, visto que negavam-se a dizer "César é o Senhor"

6-Os cristãos eram acusados de serem incendiários, porque profetizavam o fim do mundo numa grande conflagração cósmica com fogo. Não era difícil para as pessoas maliciosas disseminarem rumores perigosos e calúnias infamantes com relação à Igreja.

Vs.10-TERCEIRA PROVA: Em terceiro lugar, o cárcere. João prevê um encarceramento de

dez dias. Esta cifra não se deve interpretar literalmente. Segundo o costume antigo ao falar de "dez dias" fazia-se referência a um período curto de tempo. Esta profecia, portanto, é ao mesmo tempo uma ameaça e uma promessa. Virão dias mais difíceis e os crentes serão encarcerados por sua fé; entretanto, ainda que dura, a prova não demorará muito emser superada. Devem destacar-se duas coisas.

PRIMEIRO, foi desta maneira, exatamente, como sucedeu. Ser cristão era contra a lei, mas as perseguições não foram muito prolongadas nem  contínuas. Durante longos espaços de tempo, os cristãos eram deixados em paz. Inesperadamente, entretanto, um governador de província podia pensar que era necessário "ajustar os parafusos", ou as multidões lançar uma "caça" de cristãos — então estalava a tormenta e descia sobre a Igreja a perseguição. Ser cristão era estar submetido a uma constante incerteza.

EM SEGUNDO, lugar, ir ao cárcere pode nos parecer algo não muito terrível . De toda maneira, é melhor que a morte. Mas no mundo antigo o cárcere não era mais que uma sala de espera do sepulcro. O Estado não se preocupava com a sorte dos presos. A forma mais comum de terminar uma condenação era morrendo de fome, peste ou esgotamento.

Vs.10-“SER FIEL ATÉ A MORTE...”

-Jesus Cristo não deverá nada a ninguém; Ele dá a recompensa de nossa lealdade. Ele não deixará de vir em seu momento oportuno. Nestapassagem mencionam-se duas recompensas.

(1) Há a coroa de vida. No Novo Testamento menciona-se a coroa de vida em várias oportunidades. Aqui e em Tiago 1:12 trata-se da coroa de vida. Paulo fala da coroa da justiça (2 Timóteo 4:8), e da coroa de alegria (1 Tessalonicenses 2:19). Pedro fala da coroa de glória (1 Pedro5:4).  Paulo estabelece um contraste entre a coroa eterna do cristão e a coroa perecível de louro que era o prêmio dos vencedores nos jogos atléticos (1 Coríntios 9:25) e Pedro fala de uma coroa de glória que nunca perde seu brilho (1 Pedro 5:4). O "de" que aparece em cada uma destas expressões refere-se ao material de que estão feitas as coroas. Menciona-se, então, uma coroa que é feita de glória, de justiça, de beleza, de vida. Ganhar a coroa dajustiça, da glória, da vida, é ser coroado de justiça, de glória, de vida.

Devemos entender bem a idéia que há por trás desta palavra "coroa". Em grego há duas palavras para dizer "coroa". Uma é diadema, que é a coroa real, e a outra é stefanos, uma palavra que em geral se relaciona com momentos de alegria e vitória. Vejamos quais são as distintas classes de stefanoi (este é o plural de stefanos) que se conheciam na antigüidade.(a) A primeira que vem à mente é a coroa que recebiam os vencedores nos jogos atléticos. Esmirna celebrava anualmente jogos que eram famosos em toda a Ásia. Como nos Jogos Olímpicos (que eram os mais famosos de todos) a retribuição dos vencedores era uma coroa delouro. O cristão pode ganhar a coroa de louro da vitória na luta da vida.

Pode correr a carreira da vida e estar seguro de que no final dela será coroado o atleta vitoriosa de Cristo.

(b) Quando alguém executava de maneira eficiente e fiel a tarefa de magistrado, ao terminar seu tempo de serviço era-lhe outorgada uma coroa. A coroa era a recompensa pela fidelidade no cumprimento de uma tarefa. Aquele que serve fielmente a Cristo e a seu próximo ao longo de toda uma vida de discipulado, receberá sua coroa.

(c) No mundo pagão era costume de usar coroas e arranjos de flores nas festas e banquetes. A coroa era um símbolo da alegria festiva. Ao terminar a vida, quando o cristão foi leal, terá a alegria de participar do banquete celestial como hóspede e convidado de Deus.

(d) Os adoradores pagãos tinham o costume de pôr na cabeça uma coroa quando iam ao templo de seus deuses. A coroa era uma forma de assinalar o fato de que se ia comparecer perante Deus. Ao terminar sua vida o cristão que tenha sido fiel terá a alegria de comparecer perante a presença de Deus.

(e) Por último, alguns eruditos pensaram que nesta menção de uma coroa, faz-se referência ao halo ou auréola que rodeia os seres divinos e os santos nas representações pictóricas. Se fosse assim, o significado é que os cristãos, se forem fiéis a seu chamado, serão coroados com a vida que pertence exclusivamente a Deus. Tal como dissesse João: “Seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lo como Ele é” (1 João 3:2). É possível que nesta vida a lealdade a Cristo também ponha sobre a cabeça do cristão uma coroa de espinhos, mas na vida vindoura não há dúvida que levará a coroa de glória.

(2) Cipriano usa duas grandes expressões para descrever os que são fiéis até a morte. Diz que são "ilustres, com a nobreza de um bom nome" e "a coorte de mantos brancos entre os soldados de Cristo". Os fiéis recebem outra promessa:















REFERÊNCIA

*Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

* Comentário Bíblico  MOODY.

*Comentário Bíblico BARCLAY

*Comentário Bíblico ESPERANÇA.










“ESMIRNA A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR”

“ESMIRNA A  IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR”



TEXTO: Apocalípse 2.8-11.



Esboço. ESMIRNA – A COROA DA ÁSIA

Introdução:    A palavra Esmirna relaciona-se com a palavra mirra, que por sua vez é símbolo de morte.      A história de Esmirna tem sido uma sucessão de saques, incêndios, destruições. Policarpo, um dos mais famosos mártires da antiguidade, foi Bispo de Esmirna. Esta cidade é a única das    sete que ainda está em condições de desenvolvimento. Embora era inevitável que Éfeso fosse a primeira na lista das seteIgrejas, é natural que Esmirna, sua grande rival, apareça na segunda.

Entre todas as cidades da Ásia Menor,   Esmirna era a mais bela. Era chamada, naquela época, o ornamento  , a coroa ou a   flor da    Ásia.         Luciano     disse que era a mais bela de todas as cidades da Jônia.  Aristides que cantou a glória de  Esmirna, falou de        "sua graça, que se estende por todo mundo como um arco íris...  seu brilho, que permeia todo lugar sobre a Terra ealcança também o céu, como o brilho das armaduras de  bronze no poema de Homero. "Nenhuma outra cidade antiga poderia ter competido com Esmirna em beleza. Somava-se à sua beleza o fato que o zéfiro, suave e fresca brisa do oeste, soprava sempre em suas ruas. "Ovento zéfiro",  diz Aristides, "sempre sopra por toda a cidade, e a torna tão arejada como um jardim de árvores frondosas". Este vento a submetia a apenas uma desvantagem: Os desperdícios da cidade eram  jogados no mar e o vento do oeste tendia a devolvê-los a suas costas em vez de afastá-los delas.    Importante: Mas Esmirna tinha outros méritos além de sua beleza.   Era uma cidade   livre. Sabia     muito bem   o significado da lealdade e a fidelidade. De todas as cidades orientais tinha sido a mais fiel a Roma. Muito antes que Roma fosse a senhora indisputada do mundo antigo, Esmirna tinha lançado sua sorte com ela, e sua fidelidade nunca pereceu.  Cícero tinha     chamado a Esmirna .                                                                              "nossa aliada mais antiga e fiel ".Nacampanhacontra Mitrídates, no Longínquo Oriente, as coisas não tinham saído muito bem para os romanos. E quando as tropas imperiais estavam sofrendo fome e frio, os habitantes de Esmirna até tiraram a roupa que levavam sobre si para enviar à frente de batalha.

HISTÓRIA DA MORTE DE POLICARPO:   Policarpo era bispo de Esmirna, e foi martirizado no sábado 23 de fevereiro de 155. Nesses   dias eram   celebrados os jogos públicos e a cidade estava repleta de visitantes. Era uma multidão exaltada.

Repentinamente alguém gritou : "Morram os ateus, busquemos Policarpo." Policarpo poderia ter-se escondido, mas teve uma visão, num  sonho, na qual viu incendiar o travesseiro onde apoiava sua cabeça. Havia dito  a  seus   discípulos, então:    "Tenho que morrer queimado."Um jovem escravo, que sabia o lugar    onde se    encontrava, foi torturado até falar.    Então foram prendê-lo. Ordenou que todos os homens  que tinham vindo para levá-lo fossem alimentados e atendidos enquanto ele, durante uma hora, dedicava-se  à oração.   Nem sequer o chefe da

polícia tinha desejos de ver Policarpo morrer, porque muitos amavam. Durante a breve viagem à cidade rogou-lhe que acessasse a confessar   que César era o Senhor, para evitar desse modo o martírio. Mas

Policarpo não quis ouvir tal sugestão, porque para ele o único Senhor era  Jesus Cristo. Quando o introduziram à arena do circo, ouviu-se uma voz do céu que disse: "Seja forte, Policarpo,   aja como um homem." O procônsul lhe propôs que   escolhesse  entre  a  morte  ou  amaldiçoar   o nome de Cristo e oferecer um sacrifício  de incenso a César.    "Durante   oitenta e    seis anos o servi", disse Policarpo,  "e Ele nunca me traiu. Como posso blasfemar o nome de meu Rei, que me salvou? " O procônsul o ameaçou queimando vivo e    Policarpo lhe replicou: "Ameaça-me com um fogo que queima durante um pouco de tempo e em seguida se extingue, porque não conhece o fogo que espera os ímpios no juízo vindouro e na condenação eterna. Que esperas? Faz o que  tens pensado  fazer. " Em que pese os conselhos de  seus  perseguidores,  Policarpo não foi convencido. A multidão, então, equilibrou-se sobre eles, carregando vigas de   madeira dos estaleiros e dos banheiros. Até os juízes, em que pese que estavam   quebrando   a lei que lhes proíbe carregar vultos no dia de sábado, estavam entre   os primeiros a trazerem madeira para construir a pira de Policarpo. Quando estavam por atá-lo ao poste, Policarpo lhes disse: "Deixem-me como estou, porque Aquele que me dará força para suportar o fogo me permitirá permanecer imóvel sem a segurança de  seus pregos." De maneira que o deixaram sem atá-lo e acenderam o fogo. Policarpo então orou com grande voz. as chamas fizeram uma espécie de habitação em torno de  Policarpo e não   o tocaram.   O verdugo, então, vendo que as chamas não o  queimavam, atravessou-o com sua espada e conseguiu matá-lo. "E quando fez isto, saiu de seu peito uma pomba, e muito sangue, que apagou o fogo, e toda a multidão se maravilhou de que fosse tão grande a diferença entre os incrédulos e os escolhidos. Foi deste modo que Policarpo morreu em Esmirna, mártir da fé, fiel até a morte

Vs.8-“Conheço”  Sobre essa situação o Senhor exaltado diz: Conheço. Ele conhece essa situação a partir de sua própria experiência, motivo pelo qual compreende a sua igreja. Existe uma noite em que não se pode agir, mas somente sofrer. Durante os dias da Paixão de Cristo a lei da ação igualmente passou para os seus adversários. Ele atestou a seus perseguidores:

Vs.8-Cristo identifica-se com o título o primeiro e o último (Ap. 1:17), um título usado com referência ao próprio Deus em Is. 44:6; 48:12. Observe que Cristo apresenta as razões por que aqueles que são seus não devem temer: 1) Ele é o Primeiro e o Último, e aquele que vive; 2) Ele estava morto, mas viveu novamente; e 3) Ele tem as chaves da morte e do Hades (vs. 17, 18). Se Ele é o Primeiro e o Último, então Ele é o Cristo da criação no passado, e Aquele que vai levar todas as coisas à divinamente ordenada consumação no fim. Ele permanecerá quando todos os Seus inimigos já tiverem sido derrotados, e Satanás e toda a sua corte estiver derrotada para sempre. O fato de ter estado mono,identifica Cristo com a mais trágica de todas as experiências humanas. Nenhum simples ser humano pode vencer a morte – mas Cristo pôde. Assim como Ele esteve morto mas agora vive, nós, que somos Seus, embora morramos, estaremos para sempre vivos com Ele. O fato dEle ter as chaves da morte e do inferno certamente implica em que o destino das almas humanas está sob a jurisdição de Jesus Cristo. Cristo é o primeiro e o último. No Antigo Testamento este título

pertence a Deus. Isaías ouviu Deus dizer. “Eu sou o primeiro e Eu sou o último” (Isaías 44:6; 48:12). Este título tem dois aspectos. Para o cristão é uma magnífica promessa. Seja o que for que   aconteça   do   primeiro  dia  da  vida  até  o  último,  com  toda  a  colorida variedade de experiências que podem suceder, sejam boas ou más, o Cristo ressuscitado está conosco. Temos  sua  palavra  de  que  El e estará  conosco  sempre,  até  o  fim do  mundo.    A quem temeremos, então? Quem poderá nos assustar? Mas para os pagãos de Esmirna estas mesmas palavras são uma advertência.   Amavam a sua cidade.   Chamavam-na a    primeira     da Ásia e estavam dispostos a discutir com qualquer pessoa sua qualidade de principal.    Viviam num mundo pequeno de vaidade provinciana, no qual todos competiam para ser melhores que os demais e ascender um degrau acima dos outros. Todos queriam ocupar os primeiros lugares e se esforçavam para obtê-los. Mas o Cristo ressuscitado diz "Eu sou o primeiro e o último". Aqui se põe fim a todo orgulho humano.   Junto à   glória   de    Cristo   todos os nossos títulos ficam reduzidos ao ridículo, carecem de importância real. O inquérito judicial (EXCURSO 1c) não contém nenhuma repreensão. Traz ela, portanto, elogio por boas obras? Ao que parece, porém, a igreja não realiza nada. Ela tão-somente existe e sofre a ação de terceiros. A lei da ação reside integralmente no adversário, que a aflige, rouba e difama. Com palavras de Rm 8.36, os cristãos em Esmirna são ―considerados como ovelhas que vão para o matadouro‖.



Vs.8-“QUE FOI  MORTO E REVIVEU”

-Cristo é aquele que esteve morto e tornou a viver. Neste  versículo os tempos dos verbos são de primeiríssima importância. A palavra grega que traduzimos  "esteve" é genomenos, que pode traduzirse, com maior     fidelidade,        "chegou a estar".    Descreve um episódio, uma experiência transitiva, algo que sucedeu a alguém. Quando Cristo esteve morto, para Ele a morte foi uma experiência transitiva, um episódio de sua vida.  Experimentou a morte e a venceu, e já não esteve mais morto.   Quanto à palavra “tornou a viver”, devemos notar que se trata de        um verbo no    tempo passado (em aoristo no grego),   que   descreve uma ação já realizada de maneira completa. A tradução correta seria "voltou à vida de uma vez por todas". Faz-se referência, é obvio, ao evento da    ressurreição. O Cristo ressuscitado é Aquele que experimentou a morte, passou através da morte, e saiu da morte; voltou a viver, triunfante, pela ressurreição, e está vivo para sempre jamais. Aqui também há dois aspectos, mas desta vez ambos são para que o cristão tome nota deles.

(a) O Cristo ressuscitado tem a experiência do pior que a vida nos

pode oferecer. Sofreu a agonia e a agonia de uma cruz. Não importa o

que suceda aos cristãos de Esmirna, Cristo tinha vivido ainda pior. Jesus

Cristo pode nos ajudar porque Ele conhece as maiores amarguras da

vida, e ainda tem experiência da morte. Nada nos pode suceder que não

tenha sucedido, e ainda pior, a Ele.

(b) O Cristo ressuscitado conquistou o pior que a vida pode nos

oferecer. Triunfou sobre a dor, triunfou sobre a cruz, triunfou sobre a

morte. Não nos oferece algo que Ele mesmo não tenha conquistado em

sua própria experiência e vida. E o que nos oferece é o caminho para

uma vida vitoriosa.

Vs.9-PRIMEIRA PROVA: É tribulação. Já vimos que esta palavra, no idioma original, o grego do Novo Testamento, significava simplesmente a sensação do que é apertado por um peso ou força. A pressão dos acontecimentos pesava sobre a Igreja de Esmirna, e a força das circunstâncias procurava  obrigála a que abandonasse sua fé.

* A tribulação (cf. o comentário a Ap 1,9), desdobrada nos v. 9b,10, recorda ao leitor as ―aflições de Cristo‖ (Cl 1.24),



*SEGUNDA PROVA: É pobreza. No Novo Testamento a pobreza e a fé em Cristo

* e a pobreza, a ―pobreza dele‖ (2Co 8.9) no NT. De acordo com o comentário seguinte: mas tu és rico! deve ter-se tratado de     pobreza material, talvez como manifestação colateral da tribulação (cf. Hb 10.34).     Com demasiada facilidade,    porém,     a pobreza provoca danos espirituais. O termo grego (ptocheía) praticamente desenha diante de nós a imagem do mendigo agachado. Arisco e espantado, o pobre incomoda ao seu próximo. O judaísmo o desprezava, considerando-o como amaldiçoado por Deus.



* estão intimamente relacionadas. "Bem-aventurados os pobres", diz Jesus (Lucas 6:20). Tiago diz que Deus escolhe os pobres deste mundo para

que sejam ricos na fé (Tiago 2:5).

Devemos tomar nota da palavra que se usa neste caso.        Em grego há duas     palavras que designam o pobre. Uma, a que se usa aqui, é ptojia. A outra é penia. Esta define a condição do homem que deve trabalhar com suas mãos para ganhar o sustento. A primeira, pelo contrário, denota a destituição total. Em outras palavras, penia é o homem que carece do      supérfluo, ptojia o que não tem nem sequer o essencial.

A pobreza dos cristãos devia-se a duas razões. Devia-se a que a maioria dentre   eles pertencia às classes mais baixas da sociedade, e muitos deles eram escravos. O abismo entre os estratos sociais mais baixos e os mais altos não é coisa nova. No mundo antigo era ainda maior que em nossa época. Estas cartas foram escritas a Igrejas asiáticas, mas sabemos     que nessa mesma época em Roma os classes sociais mais baixas literalmente morriam de fome quando os ventos contrários      atrasavam     os carregamentos de cereais   provenientes de Alexandria e  fazia-se impossível distribuir a farinha gratuita que       recebiam como     único  meio de sustento.    Os primeiros cristãos sabiam     o que é a     pobreza absoluta.    Mas havia outra razão para que os cristãos fossem pobres. Ocorria  muito freqüentemente, naquela época, que as casas dos cristãos eram  saqueadas    por multidões avivadas. Assim, ficavam sem recursos de tudo

o que poderiam ter.  Não era coisa fácil ser cristão nos tempos de João, na cidade de Esmirna ou em qualquer outro lugar do mundo antigo.

*Continuação Vs.9-Os instigadores das perseguições eram os judeus. Era deles que provinham as calúnias. Em repetidas ocasiões, nos Atos dos Apóstolos, vemos como os judeus convenciam as autoridades para que tomassem  medidas contra os pregadores cristãos. Sucedeu em Antioquia (Atos13:50),  em Icônio (Atos 14:2, 5), em Listra (Atos 14:19) e em Tessalônica (Atos 17:5).

A história do que sucedeu em Antioquia é um bom exemplo de como agiam os judeus. Em Atos diz que os judeus conseguiram comover Apocalipse  um grupo de mulheres honoráveis e aos principais homens da cidade(Atos 13:50). Em torno da sinagoga se reuniam,habitualmente, muitos homens e mulheres "temerosos de Deus". Estes eram gentios que embora criam em Deus não estavam dispostos a aceitar o judaísmo até suas últimas conseqüências nem desejavam tornar-se prosélitos; eram atraíados pela pregação sobre um só Deus em lugar das teorias pagãs

sobre muitos deuses, e em especial a pureza da ética judia, em  comparação com a lenidade e a luxúria que, em matéria sexual,      era comum entre os        pagãos. Eram especialmente as mulheres as que se sentiam atraídas ao judaísmo, por    estas razões. Muito freqüentemente estas mulheres eram de alta posiçã  o social, esposas   de magistrados e governadores, e era mediante       estas que os     judeus influíam sobre as autoridades para que perseguissem os cristãos. Os judeus dispunham de molas — que certamente eram muito efetivas — para fazer com que as autoridades romanas tomassem medidas contra a Igreja. João chama os judeus de "a sinagoga de Satanás". Aqui João está usando uma expressão que era muito comum entre os judeus, ainda que nele assume o significado inverso. Quando os judeus ainda que nele assume o    significado inverso.     Quando   os judeus   se reuniam    gostavam   de         autodenominar-se"aassembléia do Senhor" (Números16:3; 20:4; 31:16). A palavra "sinagoga" significa literalmente "reunião", "assembléia"' ou "congregação". É como se João estivesse dizendo:

"Vocês se chamam a Assembléia de Deus quando, em realidade, não são

senão uma assembléia de Satanás, o Diabo."

Vs.9-BLASFÊMIAS E CALÚNIAS EM NÚMEROS DE SEIS:

1-Baseando-se nas palavras da comunhão — isto é o meu corpo, isto é o meu sangue — corria a história de que os cristãos eram canibais.

2-Porque os cristãos chamavam ágape a suas ceias fraternais (onde se celebrava a Eucaristia), e essa palavra em grego significa

"amor", dizia-se que os cristãos praticavam orgias de luxúria desatada e

terrível imoralidade

3-Sendo um fato que o cristianismo muitas vezes dividia as famílias quando alguns de seus membros se convertiam e outros seguiam

sendo pagãos, acusava-se a Igreja de ameaçar a estrutura familiar e interferir nas relações entre maridos e esposas, pais e filhos, etc.

4-Os pagãos acusavam os cristãos de ateísmo porque não podiam compreender um culto no qual não havia imagens da divindade que se honrava, como em seus templos.

5-Os cristãos eram acusados de ser cidadãos desleais e potenciais revolucionários, visto que negavam-se a dizer "César é o Senhor"

6-Os cristãos eram acusados de serem incendiários, porque profetizavam o fim do mundo numa grande conflagração cósmica com fogo. Não era difícil para as pessoas maliciosas disseminarem rumores perigosos e calúnias infamantes com relação à Igreja.

Vs.10-TERCEIRA PROVA: Em terceiro lugar, o cárcere. João prevê um encarceramento de

dez dias. Esta cifra não se deve interpretar literalmente. Segundo o costume antigo ao falar de "dez dias" fazia-se referência a um período curto de tempo. Esta profecia, portanto, é ao mesmo tempo uma ameaça e uma promessa. Virão dias mais difíceis e os crentes serão encarcerados por sua fé; entretanto, ainda que dura, a prova não demorará muito emser superada. Devem destacar-se duas coisas.

PRIMEIRO, foi desta maneira, exatamente, como sucedeu. Ser cristão era contra a lei, mas as perseguições não foram muito prolongadas nem  contínuas. Durante longos espaços de tempo, os cristãos eram deixados em paz. Inesperadamente, entretanto, um governador de província podia pensar que era necessário "ajustar os parafusos", ou as multidões lançar uma "caça" de cristãos — então estalava a tormenta e descia sobre a Igreja a perseguição. Ser cristão era estar submetido a uma constante incerteza.

EM SEGUNDO, lugar, ir ao cárcere pode nos parecer algo não muito terrível . De toda maneira, é melhor que a morte. Mas no mundo antigo o cárcere não era mais que uma sala de espera do sepulcro. O Estado não se preocupava com a sorte dos presos. A forma mais comum de terminar uma condenação era morrendo de fome, peste ou esgotamento.

Vs.10-“SER FIEL ATÉ A MORTE...”

-Jesus Cristo não deverá nada a ninguém; Ele dá a recompensa de nossa lealdade. Ele não deixará de vir em seu momento oportuno. Nestapassagem mencionam-se duas recompensas.

(1) Há a coroa de vida. No Novo Testamento menciona-se a coroa de vida em várias oportunidades. Aqui e em Tiago 1:12 trata-se da coroa de vida. Paulo fala da coroa da justiça (2 Timóteo 4:8), e da coroa de alegria (1 Tessalonicenses 2:19). Pedro fala da coroa de glória (1 Pedro5:4).  Paulo estabelece um contraste entre a coroa eterna do cristão e a coroa perecível de louro que era o prêmio dos vencedores nos jogos atléticos (1 Coríntios 9:25) e Pedro fala de uma coroa de glória que nunca perde seu brilho (1 Pedro 5:4). O "de" que aparece em cada uma destas expressões refere-se ao material de que estão feitas as coroas. Menciona-se, então, uma coroa que é feita de glória, de justiça, de beleza, de vida. Ganhar a coroa dajustiça, da glória, da vida, é ser coroado de justiça, de glória, de vida.

Devemos entender bem a idéia que há por trás desta palavra "coroa". Em grego há duas palavras para dizer "coroa". Uma é diadema, que é a coroa real, e a outra é stefanos, uma palavra que em geral se relaciona com momentos de alegria e vitória. Vejamos quais são as distintas classes de stefanoi (este é o plural de stefanos) que se conheciam na antigüidade.(a) A primeira que vem à mente é a coroa que recebiam os vencedores nos jogos atléticos. Esmirna celebrava anualmente jogos que eram famosos em toda a Ásia. Como nos Jogos Olímpicos (que eram os mais famosos de todos) a retribuição dos vencedores era uma coroa delouro. O cristão pode ganhar a coroa de louro da vitória na luta da vida.

Pode correr a carreira da vida e estar seguro de que no final dela será coroado o atleta vitoriosa de Cristo.

(b) Quando alguém executava de maneira eficiente e fiel a tarefa de magistrado, ao terminar seu tempo de serviço era-lhe outorgada uma coroa. A coroa era a recompensa pela fidelidade no cumprimento de uma tarefa. Aquele que serve fielmente a Cristo e a seu próximo ao longo de toda uma vida de discipulado, receberá sua coroa.

(c) No mundo pagão era costume de usar coroas e arranjos de flores nas festas e banquetes. A coroa era um símbolo da alegria festiva. Ao terminar a vida, quando o cristão foi leal, terá a alegria de participar do banquete celestial como hóspede e convidado de Deus.

(d) Os adoradores pagãos tinham o costume de pôr na cabeça uma coroa quando iam ao templo de seus deuses. A coroa era uma forma de assinalar o fato de que se ia comparecer perante Deus. Ao terminar sua vida o cristão que tenha sido fiel terá a alegria de comparecer perante a presença de Deus.

(e) Por último, alguns eruditos pensaram que nesta menção de uma coroa, faz-se referência ao halo ou auréola que rodeia os seres divinos e os santos nas representações pictóricas. Se fosse assim, o significado é que os cristãos, se forem fiéis a seu chamado, serão coroados com a vida que pertence exclusivamente a Deus. Tal como dissesse João: “Seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lo como Ele é” (1 João 3:2). É possível que nesta vida a lealdade a Cristo também ponha sobre a cabeça do cristão uma coroa de espinhos, mas na vida vindoura não há dúvida que levará a coroa de glória.

(2) Cipriano usa duas grandes expressões para descrever os que são fiéis até a morte. Diz que são "ilustres, com a nobreza de um bom nome" e "a coorte de mantos brancos entre os soldados de Cristo". Os fiéis recebem outra promessa:















REFERÊNCIA

*Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

* Comentário Bíblico  MOODY.

*Comentário Bíblico BARCLAY

*Comentário Bíblico ESPERANÇA.