quarta-feira, 23 de maio de 2012

ESQUEMA DE VEREADORES E EX-VEREADORES QUADRILHA


ESQUEMA DE VEREADORES E EX-VEREADORES QUADRILHA



Ipojuca que não está nas revistas turísticas…

Ipojuca tem o maior PIB per capta de Pernambuco e uma população que assiste o alto crescimento econômico do município sem ver nem a sombra de investimentos na melhoria dos serviços públicos. O crescimento do PIB do município foi enorme nos últimos anos, porém necas de desenvolvimento social foi revertido para a população. Em 2004, o PIB do município era de 2.871.459 (em milhares de Reais).

Em 2005, subiu para R$ 3.505.321 e em 2008 cresceu para R$ 6.250.969. Ou seja, o produto interno bruto do município havia praticamente dobrado em quatro anos, e atualmente (os dados do censo 2010 ainda serão divulgados) deve ser bem maior. Em 2005, o PIB per capta do município era de R$ 51.577. Em 2008 esse valor subiu para R$ 84.405. Claro que esses dados trazem algumas distorções, sobretudo pelo fato de Ipojuca ter distritos industriais cujo faturamento nem sempre gera valores agregados para a população.

Mas a ausência de melhoria de vida no município, diante de tamanho crescimento econômico, só pode ser explicada pela má gestão política e administrativa do município – cujos políticos historicamente apostam na ignorância formal da população (educação pública de péssima qualidade) como ferramenta para manutenção do poder político e econômico.

Prefeito fala de justiça social na comemoração municipal

Curioso é que no último dia 6 de abril (no palanque de um evento público que comemorava os 165 anos de emancipação política do município), o prefeito Pedro Serafim, capitalizando politicamente o desenvolvimento trazido pelo Complexo de Suape, disse que era “um privilégio e uma grande felicidade o fato de estar no exercício do cargo no exato momento histórico em que os cidadãos ipojucanos comemoram, sobretudo a emancipação social de toda a comunidade ipojucana e o ingresso numa era de justiça social”.

Faltou o prefeito falar para o povo do município o que ele entende por “emancipação e justiça social”…

O evento comemorativo aconteceu poucos dias depois de Pedro Serafim ser condenado por improbidade administrativa, após contratar guardas municipais de forma irregular, sem concurso público (ler a sentença aqui).

Um exemplo que comprova a inquestionável má gestão do Erário do município foi a notícia divulgada hoje no site do Ministério Público de Pernambuco. Um grupo de seis vereadores, quatro ex-vereadores e mais um ex-secretário do município foi condenado por manipularem a distribuição de cestas básicas de um programa da Secretária de Ação Social.

O esquema montado pelo grupo é um exemplo da prática política que impera no município. Segundo a matéria do MPPE:

As cestas básicas, cada uma no valor de R$ 37,00, eram entregues pela Secretaria de Ação Social apenas a quem apresentasse um cartão vermelho numerado. Durante as investigações, ficou comprovado que cada sequência numérica correspondia a um vereador; cada vereador recebeu 500 cartões para distribuir entre seus eleitores. Só recebiam os alimentos aqueles que apresentassem o cartão perante a Secretaria, cujos funcionários anotavam o título eleitoral do cidadão e o vereador que lhe havia entregue o benefício, dentre outras informações.

A pena imputada ao grupo foi a “perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por cinco anos, proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais e créditos, além do ressarcimento de R$ 136,9 mil ao erário municipal e multa civil de R$ 273,8 mil, valores a serem divididos entre todos os réus.”

A condenação por improbidade administrativa se deu em primeira instância, o que significa que eles ainda podem recorrer. Os envolvidos no esquema foram os seguintes:

Ex-secretário de Ação Social –> João Carneiro Da Cunha.
Vereadores –> Carlos Antônio Guedes Monteiro, Fernando Antônio de Oliveira (Fernando de Fausto), José Alves Bezerra Júnior (Júnior Alves), Paulo Agostinho Lins, Odimeres José da Silva (Nem Batatinha), e Valter José Pimentel (Valtinho da Sucata).
Ex-vereadores –> Amaro Alves da Silva, Elias José da Silva (Elias Pintor), Gilson José Ribeiro (Gilson Fica Frio) e José Heleno Alves.

Que o povo do Ipojuca lembre desses nomes e de seus aliados nas eleições do ano que vem. E que o Ministério Público de Pernambuco fique de olho na politicagem que rola solta no município.

Se investigarem direitinho, certamente outras peripécias serão detectadas nesse pobre rico município pernambucano.




domingo, 20 de maio de 2012

“Filadelfia a igreja do amor perfeito”


“Filadelfia a igreja do amor perfeito”

Texto: Ap.3.7-13.

Filadelfia-pouca força mas era fiel.

Apresenta-Como aquele que tem as chaves...



Introdução:



Vs.7ª. “O Santo”- (1) É chamado "o Santo". O significado tremendo deste título é que

"Santo" é o nome, título e descrição de Deus. "Santo, santo, santo,

Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os serafins cantarem

(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual?

— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o

Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o Antigo

Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído ao

Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra "santo".

Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado, aquele que é

diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos homens:

possui como próprias essas qualidades de ser e de existência que os

homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem somente a Deus.

Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a dizer que

Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus.

Vs.7b- “Verdadeiro”- (1) É chamado "o Santo". O significado tremendo deste título é que

"Santo" é o nome, título e descrição de Deus. "Santo, santo, santo,

Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os serafins cantarem

(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual?

— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o

Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o Antigo

Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído ao

Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra "santo".

Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado, aquele que é

diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos homens:

possui como próprias essas qualidades de ser e de existência que os

homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem somente a Deus.

Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a dizer que

Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus. chega ao fim nossa busca da verdade; os vagos perfis de Deus se

convertem em algo do passado; nEle temos a verdade, a realidade, o

próprio Deus.

Vs,7c-“Tem as chaves”- Ele é aquele que tem a chave de Davi, aquele que abre e

ninguém pode fechar, aquele que fecha e ninguém pode abrir. Primeiro

veremos que a chave é um símbolo de autoridade. A figura de Jesus

Cristo que nos pinta esta imagem é a dAquele que possui a autoridade

final, a que nada nem ninguém pode questionar.

Mas atrás desta imagem também há uma idéia que encontramos no

Antigo Testamento. Ezequias tinha um servo fiel que se chamava

Eliaquim. Este Eliaquim tinha as chaves da casa do rei, e era o único que

podia abrir a porta para os que desejavam ver o rei. E diz-se de Eliaquim:

“Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém

fechará, fechará, e ninguém abrirá” (Isaías 22:22). Esta é a imagem que

João tem em mente. Jesus, e somente Ele, tem plena autoridade para

permitir o ingresso à nova Jerusalém, a nova cidade de Davi. Somente

Ele pode nos permitir entrar na presença de Deus, tal como o servente

fiel da antigüidade tinha as chaves para abrir as portas aos que queriam

ver o rei. Tal como se afirma no Te Deum: "Abriu o Reino dos Céus a

todos os crentes". Ele é o novo e vivo caminho rumo à presencia de

Deus. É através de Jesus Cristo que se abre a porta do Reino dos Céus e da presença de Deus; Ele possui a chave que pode abrir ou fechar o

acesso ao Céu.

Vs7d-“Porta Aberta”- (1) Pode ser a porta da oportunidade missionária. Paulo, escrevendo

aos coríntios com relação à tarefa que o esperava no futuro, diz: “porque

uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu” (1 Coríntios

16:9). Quando Paulo chegou a Trôade, “uma porta se me abriu no

Senhor” (2 Coríntios 2:12). Pede aos colossenses que roguem a Deus que

se lhe abra uma porta para pregar o evangelho (Colossenses 4:3).

Quando Paulo voltou para Antioquia contou como Deus tinha aberto a

porta da fé aos gentios (Atos 14:27). Este significado é particularmente

apropriado no caso de Filadélfia. (a) Há uma porta aberta de oportunidade missionária diante de cada

cristão. Não há necessidade de viajar a lugares longínquos para cumprir

o mandamento de pregar o evangelho. Na própria família, no círculo das

amizades mais íntimas, na própria paróquia há aqueles que necessitam de

Cristo e a quem pode ser anunciado o evangelho salvador. Usar essa

porta é ao mesmo tempo nosso privilégio e nossa oportunidade muito

especiais.

(b) No caminho de Cristo a recompensa pelo trabalho bem feito é

mais trabalho a fazer. Filadélfia tinha demonstrado sua fidelidade e a

recompensa por esta era ter maiores oportunidades para continuar

servindo a Cristo. Não é a comodidade do descanso bem merecido, mas

sim mais fatiga e trabalhos o que Cristo nos dá como prêmio.

(2) Sugeriu-se que a porta aberta que está diante dos cristãos em

Filadélfia é o próprio Jesus Cristo . Jesus disse "Eu sou a porta" (João

10:7, 9). A porta que se abre diante dos cristãos de Filadélfia pode ser o

próprio Cristo, como porta que se abre à presença de Deus.

(3) Sugeriu-se que a porta é a porta da comunidade messiânica.

Com Jesus Cristo chegou a nova era; foi inaugurado o novo reino de

Davi. Do mesmo modo como no antigo reino Eliaquim tinha a chave

para abrir a porta que conduzia à presença do rei, assim Jesus Cristo tem

as chaves e é Ele mesmo a porta para todos aqueles que desejem entrar

na presença de Deus.

(4) Independentemente de todas estas coisas, a porta da oração é

uma entrada a Deus que está aberta em todo o tempo a todos os homens.

Qualquer pessoa pode entrar pela oração e encontrar-se na presença viva

de Deus. E esta é, por certo, uma porta que ninguém jamais poderá

fechar e que Jesus Cristo abriu ao dar seguranças aos homens com

relação ao amor de Deus o Pai.

Podemos estar seguros que tanto a porta da oportunidade

missionária como a porta da oração são vias de ingresso que

permanecem sempre abertas para todos os cristãos.

Vs8e-“Pouca força”- "guardaste minha palavra e não negaste o

meu nome" ambos os verbos estão em tempo aoristo, modo que descreve

uma ação completada em algum momento do passado; a idéia é que os

cristãos de Filadélfia deveriam ter atravessado por alguma prova, da qual

emergiram vitoriosos. Suas forças eram escassas, seus recursos

irrisórios; mas se guardassem sua promessa de fidelidade a Cristo veriam

algum dia amanhecer o Sol de seu triunfo em Cristo. A fidelidade do

cristão deve alimentar-se da visão de um mundo para Cristo, porque esse

mundo depende da fidelidade com que cada cristão viva sua fé.

Vs.9- “Siangoga de satanás”- I. “...Sinagoga de Satanás”. A presente expressão, ocorre aqui e em (2.9): nas igrejas de Esmirna e Filadélfia respectivamente. E basta confrontar essas igrejas a luz do contexto e verificar que, são as únicas no Apocalipse que não receberam: repreensão do Senhor Jesus.

O vocábulo “sinagoga” só ocorre uma vez no AT (Sl 74.8 LXX), onde aparece como tradução de “mô’~edh”. No Novo Testamento o termo grego “synagog~e” é usado cerca de cinqüenta e seis vezes. Porém, sempre com sentido literal (Lc 4.16, 20, 28, 33; 7.5 e 8). No livro de Atos dos Apóstolos há muitas referências ali sobre “sinagogas”. As sinagogas tiveram sua origem durante o cativeiro de Israel no império babilônico. Pensa-se que nos dias de Jesus na terra havia mais de 500 sinagogas em Jerusalém. Nas igrejas de Esmirna e Filadélfia, os gnósticos tinham fundado duas sinagogas. No dizer dos tais gnósticos estas sinagogas eram o “lugar” do auge, de todo o saber (deles). Diante dos olhos divinos, elas foram e são classificadas: “de sinagogas de Satanás” (2.9 e 3.9). “Os chefes gnósticos, segundo se diz, degradavam a pessoa de Cristo e sua missão ; negavam também a possibilidade da encarnação do Verbo, Jesus, o filho eterno (fc. Jo 1.14); negavam a expiação pelo sangue de Cristo; tinham ainda um ponto de vista deísta relativamente a Deus; negavam o verdadeiro destino humano, ou seja, a participação final na natureza do Verbo (1 Jo 2.23). João, diz que, tais elementos são seguidores do Anticristo e, acrescenta: “qualquer” que negue o Filho ou a encarnação do Verbo, é mentiroso. Neste versículo, pelo menos, o termo usado em sentido lato e indefinido. “Qualquer” que negue a doutrina da encarnação do Verbo (humanidade) de Cristo tem a atitude do Anticristo. Os gnósticos, que se tinham deixado levar pela escravidão de Satanás, resolveram abandonar suas casas – e fundarem duas sinagogas na Ásia Menor: Uma Esmirna, e outra em Filadélfia.







Vs.10-“Palavra da paciência”- Significa que a promessa vai

dirigida aos quais tenham praticado a mesma classe de paciência que

Jesus viveu na Terra. Quando somos chamados a demonstrar paciência, a

paciência de Cristo significa três coisas para nós. Em primeiro lugar,

oferece-nos um exemplo. Em segundo lugar, é uma fonte de inspiração.

Devemos andar posto nosso olhar nEle, quem, pela alegria que lhe tinha

sido prometido suportou a cruz, desprezando toda vergonha (Hebreus

12:1-2). A visão da paciência de Cristo é ao mesmo tempo nosso modelo

e inspiração. Mas, além disso, a paciência de Cristo é a garantia de sua

identificação conosco quando somos chamados a suportar com paciência

algum sofrimento. Ele, por ter sofrido, sendo tentado, é capaz de nos

socorrer quando nós somos tentados (Hebreus 2:18). Sabemos que nossa confiança está posta em alguém que atravessou por nossas mesmas

circunstâncias, e que é capaz de ajudar aos que têm que vivê-las.

Vs.11. “Eis que venho sem demora”- (1) Significa uma advertência para os despreocupados. Jesus

mesmo nos contou a parábola do servo ímpio, que pensou que seu senhor

nunca viria e se aproveitou de sua ausência para agir de maneira

incorreta e perversa. Quando o senhor voltou, de maneira repentina e

sem advertência prévia, castigou sua maldade, julgando-o e condenandoo

(Mateus 24:48-51). Paulo adverte os tessalonicenses com relação à

terrível sorte que espera o desobediente e o incrédulo quando Jesus seja

revelado no Céu e se vingue de seus inimigos (2 Tessalonicenses 1:7-9). Pedro adverte a seus leitores que terão que dar conta de suas ações

perante Aquele que vem para julgar os vivos e os mortos (1 Pedro 4:5).

No Novo Testamento a idéia da vinda do Senhor serve para advertir aos

que pensam que podem fazer o que desejam que o dia do acerto de

contas vem, e que portanto sua perspectiva para o futuro é o juízo divino.

(2) Significa uma tranqüilidade para os oprimidos. Tiago

recomenda aos destinatários de sua carta que tenham paciência, porque o

dia da vinda do Senhor se aproxima (Tiago 5:8). Muito em breve suas

penúrias passarão. O autor de Hebreus exorta à paciência, porque aquele

que há de vir virá logo, sua vinda não vi demorar (Hebreus 10:37). A

idéia é que se os cristãos podem suportar pacientemente um pouco mais,

o dia de seu resgate virá, e logo.

Vs.12. “Coluna no templo do meu Deus”- (1) O cristão fiel será uma coluna no Templo de Deus. Uma coluna

da Igreja é alguém que recebe a honra e o reconhecimento de ser um dos elementos humanos em que a Igreja se apóia. Pedro, Tiago e João eram

as colunas da Igreja em Jerusalém, nos tempos primitivos (Gálatas 2:9).

Abraão — diziam os rabinos judeus — era a coluna do mundo. Como

uma coluna poderosa, o cristão fiel passa a fazer parte da estrutura

arquitetônica da Igreja de Deus.

(2) O cristão fiel "nunca mais sairá dali". É possível que esta

expressão mescle partes de pelo menos dois significados.

(a) Pode ser uma promessa de segurança. Já vimos como, durante

muitos anos, os habitantes de Filadélfia viveram aterrorizados por

constantes terremotos e como quando estes sobrevinham todo mundo

tinha que sair correndo para fora, para evitar as paredes e tetos que caíam

em cima do desprevenido. Uma vez terminado o terremoto, voltavam

para suas casas, mas tinha chegado a dominá-los uma permanente

incerteza. Para eles a vida era um constante sair e entrar, num clima de

insegurança. A promessa é que com Cristo já não haverá mais saídas. Para o cristão fiel, existe a promessa de uma serenidade sedentária na

paz que Jesus Cristo pode dar.

(b) Alguns estudiosos crêem que a promessa aqui, refere-se à

firmeza do caráter moral. Nesta vida até os melhores às vezes agem bem,

às vezes mal. Experimentamos todo o tempo recaídas no gosto pelas

coisas proibidas. Há momentos dos quais estamos envergonhados. Mas

aquele que for fiel chegará, em algum momento de sua evolução moral, a

ser como uma coluna no Templo de Deus, que ninguém pode tirar de seu

lugar, pois terá conquistado o mal e derrotado o tentador, convertendo a

bondade e a justiça na atmosfera normal de sua vida. Se este for o

significado, a imagem descreveria uma vida de constante serenidade

moral, tal como a que conseguiremos viver quando, superadas as lutas

deste mundo, desfrutemos de paz na presença de Deus.

(3) Jesus Cristo escreverá sobre o cristão fiel o nome de seu Deus.

Há várias imagens que podem estar presentes aqui:

Nas cidades da Ásia Menor, e em Filadélfia entre elas, quando um sacerdote tinha completado suas obrigações profissionais de maneira fiel durante toda sua vida, os fiéis honravam sua memória, quando

morria, erigindo uma nova coluna no templo onde oficiou, escrevendo

nela seu nome e o nome de seu pai. Aqui se descreveria o

reconhecimento permanente duradouro com que Jesus recompensa a

fidelidade em seu serviço.

(b) Pode ser, também, que se faça referência ao costume de marcar

ao escravo com o nome de seu dono. Do mesmo modo como o amo põe

sua marca sobre o escravo, para demonstrar que este lhe pertence, ou o

boiadeiro sua marca sobre os animais que formam parte de seu rebanho,

para distingui-lo de outros como deles, Deus porá sua marca sobre os

que lhe forem fiéis. Seja qual for a imagem concreta que respalda esta

passagem, a verdade é que os fiéis, de uma maneira ou outra, levarão o

distintivo inconfundível de que pertencem a Deus.

(c) Também é possível que tenhamos aqui uma imagem do Antigo

Testamento. Quando Deus ensinou a Moisés qual devia ser a bênção que

Arão e seus filhos pronunciariam sobre o povo de Israel, disse: “Assim,

porão o meu nome sobre os filhos de Israel” (Números 6:22-27). Em

realidade esta é a mesma imagem, ainda que neste caso numa referência

direta ao Antigo Testamento. Israel levava a marca de Deus, para que

todos os homens soubessem que pertencia a Ele.




































VEREADORES CASSADOS EM IPOJUCA


Justiça afasta seis vereadores de Ipojuca: peculato


Passados cinco anos das primeiras denúncias, a Justiça decidiu, ontem, afastar seis dos dez vereadores de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. O grupo é acusado de peculato e formação de quadrilha. De acordo com a acusação, entre outros crimes eles teriam se apropriado de cartões de salários dos servidores do Legislativo, ficando com 80% do que era recebido pelos auxiliares.
Pela sentença da juíza da Vara Criminal de Ipojuca, Andréa Calado, foram afastados, além de Júnior Alves, os vereadores Odimeres da Silva (Nem Batatinha, PDT), Paulo Lins (PDT), Fernando de Oliveira (PSL), Valter Pimentel (PMDB) e Carlos Guedes Monteiro (PMDB), o presidente da Câmara.
O caso veio à tona em 2007, quando o vereador Júnior Alves (PSL) foi preso em Fortaleza (CE) sacando dinheiro em um caixa eletrônico com 35 cartões pertencentes a servidores da Casa. Na época, ele alegou que os cartões estavam em seu poder porque atuava como agiota na Câmara. O caso chamou a atenção do Ministério Público, que indiciou todos os vereadores do município.

sábado, 12 de maio de 2012

“SARDES ESPLENDOR NO PASSADO DECADÊNCIA NO FUTURO”


“SARDES ESPLENDOR NO PASSADO DECADÊNCIA NO FUTURO”



TEXTO: Ap.3.1-6.





INTRODUÇÃO: No tempo de João, Sardes, antes capital do antigo reino de Lídia, era comparativamente insignificante. Até a igreja participava dessa humilhação – tens nome de que vives, e estás morto (v. 1). Sir W. M. Ramsay disse que em nenhum outro lugar pode encontrar

um contraste tão melancólico entre o esplendor passado e a decadência.

Sardes era uma cidade degenerada. Vejamos sua história, porque a carta

à Igreja em Sardes está escrita tendo em mente essa história.

Setecentos anos antes que se escrevesse a Carta a Sardes, esta

localidade era uma das cidades mais magníficas do mundo. Desde Sardes

governava o rei de Lídia, com esplendor oriental sobre seu vasto

império. Na época do Apocalipse, Sardes era uma cidade oriental, hostil

ao mundo helênico e temeroso de tudo o que fosse grego. Esquilo, o

grande dramaturgo grego, escreveu com relação a Sardes: "Os que

habitam perto de Tmolus juraram destruir o jugo helênico."

Sardes estava localizada no meio da planície do rio Hermus. Ao

norte dessa planície ergue-se a longa cordilheira do monte Tmolus;

desde essa cordilheira se apartam uma série de cadeias menores, como

esporões, cada uma das quais abrange uma estreita meseta. Sobre um

destes esporões, a quinhentos metros de altura, levantava-se a Sardes

original. É evidente que essa posição convertia Sardes numa praça

militar virtualmente inexpugnável. Os lados da meseta eram suavemente

escarpados; somente podia penetrar-se em Sardes pelo lugar onde a

meseta se unia à cadeia de Tmolus. Mas ainda por esta passagem o

ingresso era difícil e íngreme. Tem-se dito que Sardes se elevava como uma enorme torre de vigia sobre o vale do Hermus. Chegou o momento

quando o espaço de que dispunha a cidade em sua meseta foi muito

estreito para a expansão de suas edificações. Sardes seguiu crescendo,

então, sobre o sopé da meseta. O nome de Sardes (Sardeis em grego) é

uma palavra plural, porque em realidade tratava-se de duas cidades, a

cidade sobre a meseta e a cidade no vale abaixo da meseta.

Vs1-Nessa atmosfera generalizada de degeneração e decadência a

própria Igreja cristã em Sardes tinha perdido sua vitalidade e seu poder,

parecia-se mais a um cadáver que a uma Igreja viva. A Igreja em Sardes

era uma Igreja degenerada numa cidade degenerada.

*(1) É aquele que tem os sete espíritos de Deus. Já nos tínhamos

encontrado com esta frase estranha em Apocalipse 1:4. Seu significado

pode ter dois aspectos:

(a) Denota o Espírito Santo, em seu sétuplo dom, uma idéia que se

fundamenta em Isaías 11:2. O sétuplo dom é a sétupla manifestação do

Espírito Santo.

(b) Denota o Espírito em sua sétupla atuação. Há sete Igrejas na

Ásia, e entretanto em cada uma delas o Espírito opera na plenitude de

sua presença e poder. Em cada uma delas sua presença é igualmente

plena e completa. Os sete espíritos significam, então, a universalidade da

presença do Espírito Santo.

(2) É aquele que tem as sete estrelas. As estrelas representam as

Igrejas e seus anjos. A Igreja é de Jesus Cristo. Ele é aquele que tem,

possui, é dono da Igreja. Em muitas oportunidades e lugares as fomes

agem como se a Igreja lhes pertencesse, como se tivessem direito de

administrar e governar a Igreja para acomodá-la a seus próprios  objetivos ou interesses. Mas a Igreja, e cada uma das congregações que

estão nela, pertence a Jesus Cristo e todos os que estão na Igreja são seus

servos. No que respeita a qualquer decisão relacionada com ela, em sua

Apocalipse (William Barclay) 137

totalidade ou em qualquer de suas partes, o fator decisivo não deve ser

jamais o que querem os homens que a Igreja faça, mas sim qual é a

vontade de Jesus Cristo, seu Senhor, Amo e Proprietário.

*A DIFERENÇA  ENTRE MORTE E VIDA

A terrível acusação que se levanta contra a Igreja em Sardes é que

mesmo quando goza de uma boa reputação por sua atividade, no fundo

está morta. O Novo Testamento relaciona muito freqüentemente o

pecado com a morte. Nas Epístolas Pastorais lemos: “A que se entrega

aos prazeres, mesmo viva, está morta” (1 Timóteo 5:6). O Filho Pródigo,

quando volta à casa de seu pai, é aquele que estava morto e agora vive

(Lucas 15:24). Os cristãos de Roma, por serem homens e mulheres que

aceitaram a Jesus Cristo como seu Salvador, são vivos entre os mortos

(Romanos 6:13). Paulo diz que seus conversos, antes de terem conhecido

o Evangelho, estavam mortos em suas transgressões e pecados (Efésios

2:1,5). O efeito do pecado é uma espécie de morte

(1) O pecado é a morte da vontade. Se alguém aceitar o convite do

pecado, chega muito em breve ao momento quando é incapaz de aceitar

qualquer outro convite. Os hábitos vão deitando raízes nele, até que já

não pode abandoná-los, por mais forte que seja seu desejo de fazê-lo. A

indulgência vai apoderando-se dele até que não tem forças para viver de

outra maneira, ainda que odeie seu comportamento. Chega-se ao ponto,

como observava Sêneca, de que alguém odeie e ame seus pecados ao

mesmo tempo. É um estado no qual o homem é, definitivamente, escravo

do pecado. Há poucos de nós que não tenhamos experimentado a força

de um mau hábito. É tão grande o poder do pecado que termina sempre

invariavelmente matando a vontade.

(2) O pecado é a morte dos sentimentos. O processo de converter-se

em escravo do pecado não se produz da noite à manhã. A primeira vez

que um homem peca, ele o faz com vacilações e dúvidas. Pensa que isso

não deve voltar a suceder outra vez. Mas chega o momento, se continua

fazendo o que sabe que é incorreto, quando as vacilações e dúvidas já

não o detêm, pois nem sequer as experimenta. Antes, teria ficado

horrorizado ver-se a si mesmo nessa situação. Agora, o faz sem temores, sem remorsos, com toda naturalidade. O pecado, como diz Burns,

"petrifica os sentimentos". A tragédia do pecado é que mata o mais

elevado e superior do homem.

(3) O pecado é a morte da beleza: pode tomar as coisas mais belas e

transformá-las em feias. Como conseqüência do pecado o desejo pelas

coisas mais altas pode transformar-se na ambição de poder; o desejo de

servir pode chegar a ser a vontade torcida de dominar a outros com

favores; o amor e o desejo que deste emana, convertem-se em luxúria. O

pecado mata a beleza da vida.

É somente mediante a graça de Deus que podemos escapar à morte

do pecado, ressuscitar dessa morte, mesmo quando o pecado nos tenha

totalmente prisioneiros em suas garras

A IGREJA LIVRE DE AMEAÇA

A morte da igreja em Sardes teve um efeito muito estranho.

(1) Não havia heresias que ameaçassem a Igreja em Sardes. Não há

indicação alguma da presencia em Sardes de falsas doutrinas, ou da

influência de mestres com idéias contrárias ao Evangelho. A Igreja em

Sardes era muito ociosa intelectualmente para dar-se ao trabalho de

pensar. A heresia sempre é o produto de uma mente que busca e

investiga, é, em realidade, um sinal de vitalidade e inteligência; indica,

pelo menos, que há aqueles que tentaram pensar as coisas por sua própria

conta. A heresia em geral é o acento desequilibrado de um aspecto da

verdade.

Se sublinhamos muito a divindade de Jesus Cristo, caímos no

docetismo, uma heresia segundo a qual a humanidade de nosso Senhor

teria sido só aparente. Se acentuamos muito a humanidade, pelo

contrário, Jesus Cristo converte-se numa figura heróica, no melhor dos

homens bons. Se acentuarmos muito a Lei, caímos no legalismo que

mata o espírito; se acentuamos muito a graça caímos no antinomianismo

O DEVER DE ESTAR VIGILANTE

(1) A vigilância deveria ser uma atitude constante da vida cristã. “Já

é hora de vos despertardes do sono”, diz Paulo (Romanos 13:11). E

também: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé” (1 Coríntios 16:13).

Segundo se tem dito, "A constante vigilância é o preço da liberdade", e

pode ampliar-se este provérbio afirmando: "A vigilância eterna é o preço

da salvação".

(2) O cristão deve estar vigilante contra as armadilhas do demônio

(1 Pedro 5:8). A cidade de Sardes conhecia, em sua história, o perigo que

corre uma guarnição quando seu guarda não vigia constantemente. O

cristão está sendo atacado todo o tempo pelos poderes que buscam

separá-lo de sua lealdade a Cristo e do caminho do bem. Em geral estes

ataques são sutis e disfarçados. Portanto, a gente sempre deve estar em

guarda.

(3) O cristão deve estar vigilante contra a tentação. Disse Jesus:

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mateus 26:41). A

tentação espera os momentos em que não estamos em guarda, e então

ataca. Um momento de paixão pode nos fazer descuidar nosso

autocontrole. Uma fraqueza transitiva da vontade pode nos fazer vacilar

no propósito de não ter nada que ver com o mal. A fadiga, a tristeza, o

Apocalipse (William Barclay) 141

esgotamento, podem reduzir nosso poder de resistência. Um momento de

exagerada confiança em nós mesmos pode converter-se num momento

de ruína. Na vida cristã deve-se vigiar o ataque da tentação cada vez

com maior cuidado.

(4) Em repetidas ocasiões o Novo Testamento exorta os cristãos a

esperar vigilantes a vinda do Senhor. “Portanto, vigiai, porque não sabeis

em que dia vem o vosso Senhor”. “O que, porém, vos digo, digo a todos:

vigiai!” (Mateus 24:42-43; Marcos 13:37). Paulo acrescenta: “Assim,

pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos

sóbrios” (1 Tessalonicenses 5:6). Nenhum homem sabe quando será o

momento em que a eternidade invadirá o tempo. "O último dia, diz

Agostinho, "é um segredo, para que cada dia vigiemos". Devemos viver

cada dia de nossas vidas como se fosse o último.

(5) O cristão deve estar vigilante contra os falsos ensinos e os falsos

mestres. No último discurso de Paulo aos anciãos de Éfeso, adverte-os de

que lobos rapaces vão invadir o rebanho, de fora, e que de dentro se

levantarão homens ímpios que falarão coisas perversas. "Portanto", dizlhes,

"estejam vigilantes" (Atos 20:29-31).

(6) E o cristão não deve esquecer que assim como ele monta guarda

por Jesus Cristo, Jesus Cristo o está guardando. O Cristo ressuscitado

diz: "Não achei tuas obras perfeitas diante de Deus." Aqui nos saem ao

encontro duas grandes verdades.

(a) Cristo espera algo de nós. Muito freqüentemente vemos Cristo

como Aquele que nos dá coisas; esperamos que Ele nos dê poder, ajuda,

apoio, consolação. Mas não devemos esquecer nunca que Ele espera

nosso amor, nossa lealdade e nosso serviço. O cristianismo nunca deve

conceber-se como uma relação unilateral na qual nós recebemos tudo e

nunca damos nada. Cristo espera de nós o serviço e o amor que

possamos lhe oferecer.

(b) O que devemos fazer é o que está ao alcance de nossa mão. Há

um dito em inglês, muito antigo e muito verdadeiro: "O senão é o que

estamos obrigados a fazer, o destino o que podemos fazer." O cristão não

Apocalipse (William Barclay) 142

crê num senão iniludível, mas sim crê num destino, que pode aceitar ou

rejeitar. Cristo espera algo de cada um de nós; há algo que cada um de

nós pode fazer por Ele.

Vs.3-(1) O Cristo ressuscitado diz: “Lembra-te, pois, do que tens

recebido e ouvido.” Neste caso a exortação está (no idioma grego do

original) em presente imperativo, e significa: "Segue lembrando, lembra

cada dia, nunca te permitas esquecer..."

O Cristo ressuscitado está dizendo aos letárgicos cristãos de Sardes

que devem lembrar o entusiasmo e emoção que experimentaram ao

ouvirem o evangelho pela primeira vez. É um fato da vida que certas

coisas afiam a memória que está fraca.

Quando voltamos a visitar a tumba de um ser querido, o lugar volta

a nos trazer em toda sua acuidade o sentimento de tristeza e dor que um

dia experimentamos. Quando voltamos para um lugar onde vivemos uma

experiência muito profunda, a visão das coisas que nos rodeiam reacende

em nós o deleite ou a amargura que nos invadiram naquela circunstância.

Os sentimentos voltam para nós com uma intensidade que o tempo tinha

conseguido aplacar. Várias vezes, ao longo de sua vida, o cristão deve

voltar a pôr-se de pé diante da Cruz, para lembrar com toda clareza o que

Deus tem feito por ele.

(2) O Cristo ressuscitado diz “Arrepende-te...” Neste caso o verbo é

um aoristo imperativo, que descreve, em grego, uma ação completada.

Na vida cristã deve haver um momento decisivo, quando fazemos a

opção de deixar atrás todas as coisas velhas e começar um novo

caminho. Trata-se de uma crise fundamental na vida, o corte definitivo

de um estilo de vida e a decisão firme de iniciar uma vida nova. É uma

meia-volta completa, graças a qual iniciamos nossa marcha com Cristo e

Apocalipse (William Barclay) 143

não seguimos escapando dEle. Todo ser humano deve dar-se conta que o

cristianismo não é hábito ou empecilho, mas sim a conseqüência de uma

decisão consciente e crítica.

(3) O Cristo ressuscitado diz: “Guarda-o...” (o que tens recebido e

ouvido). Aqui voltamos ao presente imperativo, que indica uma ação

continuada. Significa: "Nunca deixe de observar, de guardar os

mandamentos do evangelho; guarda-os e observa-os diariamente; transita

pelo caminho cristão cada minuto de sua existência." Esta é uma

advertência contra o que poderíamos chamar "cristianismo

espasmódico". Muitos de nós somos cristãos um dia e não cristãos no

dia seguinte. Muitos de nós somos capazes da maior nobreza um dia, e

da maior deslealdade no dia seguinte. Podemos agir com uma bondade

quase sacrifical num momento, mas depois seremos brutalmente

egoístas. O mandamento do Cristo ressuscitado é que perseverantemente,

dia a dia, guardemos e observemos os mandamentos e as exigências do

evangelho.

(4) Por último, temos o mandamento de ser vigilantes. Há um

antigo ditado latino que reza: "Os deuses caminham com seus pés

envoltos em lã." Aproximam-se de nós, quer dizer, sem que nos

tenhamos dado conta de sua proximidade, surpreendem-nos com sua

presença. Num momento inesperado, sem que tenhamos podido prevê-lo,

encontramo-nos um dia frente a frente com a eternidade. Mas isto não

nos poderá suceder se cada dia de nossa vida o vivemos à sombra da

eternidade, se cada dia de nossa vida o vivemos na presença e companhia

de Jesus Cristo. Aquele que anda com sua mão na dEle, não poderá ser

tomado de surpresa por sua vinda em glória.

Vs.3b-(3) O Cristo ressuscitado diz: “Guarda-o...” (o que tens recebido e

ouvido). Aqui voltamos ao presente imperativo, que indica uma ação

continuada. Significa: "Nunca deixe de observar, de guardar os

mandamentos do evangelho; guarda-os e observa-os diariamente; transita

pelo caminho cristão cada minuto de sua existência." Esta é uma

advertência contra o que poderíamos chamar "cristianismo

espasmódico". Muitos de nós somos cristãos um dia e não cristãos no

dia seguinte. Muitos de nós somos capazes da maior nobreza um dia, e

da maior deslealdade no dia seguinte. Podemos agir com uma bondade

quase sacrifical num momento, mas depois seremos brutalmente

egoístas. O mandamento do Cristo ressuscitado é que perseverantemente,

dia a dia, guardemos e observemos os mandamentos e as exigências do

evangelho.

(4) Por último, temos o mandamento de ser vigilantes. Há um

antigo ditado latino que reza: "Os deuses caminham com seus pés

envoltos em lã." Aproximam-se de nós, quer dizer, sem que nos

tenhamos dado conta de sua proximidade, surpreendem-nos com sua

presença. Num momento inesperado, sem que tenhamos podido prevê-lo,

encontramo-nos um dia frente a frente com a eternidade. Mas isto não

nos poderá suceder se cada dia de nossa vida o vivemos à sombra da

eternidade, se cada dia de nossa vida o vivemos na presença e companhia

de Jesus Cristo. Aquele que anda com sua mão na dEle, não poderá ser

tomado de surpresa por sua vinda em glória.

Vs.4a-No versículo 4 brilha, através das trevas, um raio de esperança. Até

em Sardes há um remanescente fiel. Deus, em sua misericórdia, busca

Apocalipse (William Barclay) 144

com mais afã os bons que os maus. Quando Abraão está intercedendo

perante Deus por Sodoma, diz-lhe: "Longe de ti exterminar o justo com

o pecador" (Gênesis 18:25). Deus busca com paciência, até encontrar um

remanescente fiel. Na antiga história dos reis de Israel, somente Aías foi

perdoado, entre todos os filhos de Jeroboão, porque nele se encontrou

uma atitude positiva para com o Deus de Israel (1 Reis 14:13). Deus

nunca deixa de buscar seu remanescente fiel, nunca chegam a confundirse,

no olhar de Deus, os bons e os maus, mesmo quando estejam muito

mesclados.

Va.- Vestidos

A tríplice promessa para todos os que foram fiéis é a seguinte:

(1) Serão vestidos com uma túnica branca. Já se tem lido no

Evangelho que os justos "resplandecerão como o Sol no reino de seu

Pai" (Mateus 13:43); o próprio Deus, segundo o salmista, estaria

"vestido" de luz (Salmo 104:2). O que representa, então, a túnica branca?

(a) No mundo antigo as túnicas brancas eram usadas nos dias de

festa e regozijo. “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais

falte o óleo sobre a tua cabeça” recomendava o pregador aos que

queriam viver contentes (Eclesiastes 9:8). A túnica branca pode

representar o fato de que os fiéis serão convidados ao banquete celestial.

(b) No mundo antigo as túnicas brancas representavam a vitória.

Quando em Roma se celebrava algum triunfo militar todos os habitantes

da cidade vestiam túnicas brancas. A cidade, então, recebia o nome de

"cidade branca". As túnicas brancas podem representar, então, a

recompensa daqueles que ganharam a vitória e são reconhecidos como

vencedores por Deus.

Apocalipse (William Barclay) 146

(c) Em toda terra e época o branco é a cor da pureza; neste caso,

pode significar aquela pureza cuja recompensa é o privilégio de ver a

Deus (Mateus 5:8).

(d) Sugeriu-se que as túnicas brancas podem representar os corpos

ressuscitados que os fiéis levarão algum dia. Os que forem fiéis

compartilharão a pureza branca da luz que reveste a Deus em pessoa.

Não é necessário que escolhamos entre os diversos significados

possíveis das túnicas brancas; podemos pensar que todos estes fazem

parte de uma promessa muito grande para esgotar-se numa única forma

de bem-aventurança.

(2) Seus nomes não serão apagados do Livro da Vida. O Livro da

Vida é uma idéia que freqüentemente aparece na Bíblia. Moisés estava

disposto a ser riscado do Livro da Vida se seu sacrifício fosse suficiente

para livrar a seu povo das conseqüências do pecado que tinha cometido

(Gênesis 32:32-33). O salmista tem a esperança de ver o nome dos

ímpios apagados do Livro da Vida (Salmo 69:28). No dia do juízo, serão

salvos os que estiverem inscritos no livro (Daniel 12:1). Estão escritos

no livro os nomes dos colaboradores fiéis do apóstolo Paulo (Filip. 4:3).

Aquele que não tem seu nome escrito no Livro da Vida será lançado no

lago de fogo (Apocalipse 20:15). Somente os que estão escritos no Livro

do Cordeiro entrarão com Ele na bem-aventurança (Apocalipse 21:27).

Na antigüidade os reis levavam um livro no qual se anotavam os

nomes de todos os cidadãos. Se alguém cometia um crime contra o

Estado, era apagado do livro, assim como era apagado, normalmente, ao

morrer. Que nosso nome esteja escrito no Livro da Vida significa que

somos cidadãos fiéis do Reino de Deus.

(3) Jesus Cristo confessará seus nomes diante de seu Pai e dos

anjos. A promessa de Jesus é que se alguém confessar seu nome diante

dos homens, Ele confessará o nome de sua testemunha diante de Deus; e

se alguém o negar diante dos homens, Ele o negará diante de Deus

Apocalipse (William Barclay) 147

(Mateus 10:32-33; Lucas 12:8-9). Jesus Cristo será sempre fiel com os

que sejam fiéis a Ele.