0 MAU USO DA TELEVISÃO
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Pr. Elinaldo Renovato de Lima
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O televisor, em si, não é mau. É um objeto criado pelo homem para a comunicação de massa. Sua eficiência é indiscutível. O problema da televisão reside no seu uso. Se for usado para o bem ou de maneira adequada, é de grande utilidade. Por exemplo: na pregação do Evangelho nos dias atuais não se pode, em sã consciência, negar o valor da televisão. Um pregador, num templo, prega para centenas ou para alguns milhares de pessoas. Na tevê, um pregador pode levar a mensagem de Deus a milhões e milhões de pessoas num mesmo instante. E isto ajuda a cumprir o manda-mento de Jesus, que determina pregar "a toda a criatura. Quem tem amor pelas almas deve encarar isso com realis-mo. Há aqueles que preferem pregar a cem pessoas, contanto que não se use outro meio mais eficiente, considerado pecado. O pecado não é o aparelho O pecado não é o aparelho, nem o seu uso, mas o seu mau uso. Não adianta combater a tevê de modo emocionalista e irracional. Isso só faz despertar mais ainda o interesse pe-los seus programas. E preciso colocar as coisas de modo se-reno e firme, usando argumentos que convençam e não os que só servem para demonstrar radicalismo denominacional, às vezes farisaico. Por exemplo, numa igreja, o pastor acabara de combater a televisão de maneira violenta com argumentos grandiloqüentes, dizendo que era pecado, era coisa de Satanás... Logo em seguida, chegava alguém dizendo que a equipe da tevê estava querendo fazer uma re-portagem sobre o culto. O pastor, meio confuso, sem saber o que fazer, permitiu a entrada do pessoal. No dia seguinte, ele, que combatera a televisão, aparecia no vídeo, todo sorridente, posando para os repórteres, e falando sobre a grandeza da obra na sua igreja. O mau uso é o problema O inimigo não é o televisor, mas o mau uso que se fizer dele. Infelizmente, temos de reconhecer que os prejuízos causados à família pela tevê são bem maiores que os benefícios que ela traz. Como se trata do maior e melhor meio de comunicação de massa, Satanás conseguiu dominar a maior parte da sua programação. Diante desse fato incontestável, desejamos alertar para os males que podem ocorrer do uso sem controle da tevê, isto para orientar as famílias cristãs, e não para, apenas, combater por combater o televisor. Vejamos o que ocorre com o mau uso do televisor: 1) Estímulo á violência Noventa por cento dos programas "enlatados" ou seja, os filmes importados, estimulam a violência. Esse estímu-lo vai atingir em cheio a juventude, na fase da formação do seu caráter. Segundo o professor Gaudêncio Torquato, fazendo citação de palavras do ex-ministro Quandt de Oliveira, das Comunicações, ao falar de tevê no 1 Simpósio Nacional sobre a Televisão e a Criança, "uma criança no Brasil; ao atingir 14 anos de idade, já testemunhou 11.000 (onze mil) crimes na tevê. Não se incluindo, neste total, contrabandos, combates, estupros, assaltos e espancamentos que re-sultam em mortes". A violência continuada é a tônica dos programas dos canais de tevê e não há opção de escolha para o telespecta-dor. "Uma pesquisa feita por uma equipe, aqui no Brasil durante 200 horas de programação, revelou os seguintes dados: 30 mortes cruéis, 1018 lutas, 3.592 acidentes, 32 roubos, 616 cenas de uso indevido de armas, 57 seqüestros, 819 desafios, 410 trapaças, 86 casos de chantagem e 321 aparições de monstros e animais ferozes" (Cadernos de Comunicação, n9 3,1978, Proal, Pg. 8). Ora, diante desses fatos angustiantes, perguntamos: -"Quantas horas há na tevê de pregação do Evangelho de Jesus, que pode transformar os homens? quantos exemplos de famílias felizes que possam ser imitados? quantos pro-gramas que possam combater os maus programas? De tudo isto, - é verdade - há bem pouco na tevê brasileira. E tempo de se perguntar: "Por que a igreja evangélica não procura unir esforços, no sentido de ocupar espaço na televisão, com a propaganda sadia da evangelização, semeando a boa semente? Por que as igrejas evangélicas não se unem, numa campanha de evangelização nacional, visando atingir todas as massas do País, por todos os meios de comunicação, incluindo definitivamente a tevê? Certamente, a resposta se refere aos custos muito ele-vados para os programas de televisão. Mas isso não justifica, a nosso ver, pois existem milhares, de igrejas, que, deixando de lado seus interesses próprios, imediatos, pode-riam se unir, formando um "Fundo de Evangelização Nacional", que teria recursos suficientes para gastar na obra dó Senhor. Sinceramente, não vemos impossibilidade nisso. Cremos que seria melhor ocupar o espaço da televisão com a pregação do Evangelho, do que ficar falando contra a televisão, que, em si, nada tem de errado; ela é neutra; está esperando apenas que a usem corretamente. Se os crentes em Jesus preferem ficar voltados para os interesses denominacionais, ao invés de se preocuparem seriamente com a evangelização, o Diabo vai ocupando os meios de co-municação eficientes, e ganhando mais adeptos para o reino das trevas; vai ceifando vidas através do rádio, da tevê, dos jornais, das revistas... Cremos firmemente que é melhor acender a luz do que ficar maldizendo a escuridão. Somos contra o mau uso da televisão. Mas somos, também contra o fato de os evangélicos não usarem esse extraordinário meio de comunicação para disseminar a mensagem positiva do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, a única que pode dissipar as trevas da maldade, do pecado. - Será que não somos culpados, por deixar que a nação inteira fique privada de ouvir mais, de ver mais aquilo que é bom, aquilo que constrói, aquilo que salva? 2) estímulo ao pecado A televisão, na maior parte dos programas, exalta a pecaminosidade. O adultério, a prostituição, as práticas sexuais ilícitas são exaltadas e apresentadas como coisas muito naturais. A traição, a infidelidade conjugal, são o "prato do dia" dos programas, dos filmes e das novelas da tevê. Essas imundícies são jogadas pelo vídeo, na sala de estar, no quarto de dormir de muitos cristãos. Sem dúvida, isso não é condizente com o ambiente espiritual que deve reinar no lar de um crente. - como se sentiria uma família que, assistindo programas imorais ou violentos, visse Jesus se apresentar no meio da sala - Ficaria feliz, satisfeita , tranqüila? - Como se sentiria uma família que, assistindo progra-mas imorais ou violentos, visse Jesus se apresentar no meio da sala? - Ficaria feliz, satisfeita, tranqüila?... 3) A tevê modifica a visão das coisas Nas novelas, aquilo que é certo, como o amor conjugal verdadeiro e puro, é visto como coisa errada, ultrapassada. A desobediência aos pais é ensinada. A mansidão, qualida-de que deve ser cultivada, é vista como algo desinteressan-te, mas a violência é exaltada. A pureza sexual é vista como coisa retrógrada. O falso "amor livre" é exaltado. Geralmente, nos programas de tevê, o roubo, a trapaça, são sinônimos de capacidade intelectual, enquanto a ho-nestidade é vista como coisa do passado. O amor a Deus é relegado ao esquecimento. O materialismo é mostrado como algo muito nobre e elevado. A religião certa é ridicu-larizada, enquanto as doutrinas de demônios são promovi-das. Para estas há bastante espaço na tevê. Os heróis não são os pregadores, os missionários, que dão suas vidas pe-las almas perdidas; não são os pais de família honestos; não são os trabalhadores, que, com seu suor, promovem a riqueza da nação; não! Os heróis são os ladrões; são os vio-lentos; são os falsos líderes; são as falsas personagens de ficção; são os adúlteros, são os homossexuais, são as lésbi-cas, são os tarados. A tevê está sendo usada pelo Diabo para a destruição dos lares, da fé, da pureza, do pudor, da vergonha, da honestidade e de tudo o que deveria ser preservado na socie-dade. Os lares cristãos não podem contribuir para a propa-gação desta avassaladora onda de destruição espiritual e moral. Tudo isso acontece porque o mundo, que "jaz no maligno", está sendo guiado pelos valores deturpados dos guias materialistas do nosso tempo, que, por sua vez, são guiados por Satanás. Mas os cristãos, ao contrário, "são guiados pelo Espírito de Deus" (Rm 8.14). Diante do perigo do mau uso da tevê, precisamos com-bater esse mau uso, de maneira sábia e eficaz: 1) É preciso que o uso da tevê seja controlado. Deve-se examinar tudo e reter somente o bem. O ideal seria que as igrejas, como dissemos antes, ocupassem espaço na televisão, para mostrar o certo, em vez de só falar contra o errado, o que, aliás, não modifica nada. Se não for possível num lar cristão, exercer-se o controle dos programas de tevê, é melhor que nele não haja televisor. Aqui, é preciso cuidado. Se o pai de família é cristão, mas a família não é, parece-nos melhor ter paciência. antes de pensar em se desfazer do televisor. Isso pode chocar, afastando mais a família do Evangelho. 2) É preciso não ocupar o tempo inutilmente É preciso não ocupar o tempo destinado à oração, à leitura da Bíblia; ao culto doméstico, à conversa com a família, à ida à Igreja, às visitas aos amigos, com os programas de tevê. Se isto não for possível, é melhor não ter televisor em casa. "O altar da devoção não deve ser substituído pelo altar da televisão". 3) E preciso dedicar atenção especial aos filhos conversando com eles, mostrando por eles interesse e lhes dando o alimento espiritual que precisam, do contrário ficarão e tudo o que a ''babá eletrônica'' lhes oferece para transformá-los, mais tarde, em filhos "biônicos", sem Deus, sem amor, sem salvação. 4) E preciso não permitir que o templo de Deus seja profanado Nós somos templo de Deus. Os olhos são as por-tas desse templo. Precisam ser puros. "Não porei COISA MÁ DIANTE DE MEUS OLHOS" (Sl 1O1.3). |
sábado, 24 de novembro de 2012
0 MAU USO DA TELEVISÃO
quarta-feira, 23 de maio de 2012
ESQUEMA DE VEREADORES E EX-VEREADORES QUADRILHA
ESQUEMA DE VEREADORES E
EX-VEREADORES QUADRILHA
Ipojuca que não está nas revistas
turísticas…
Ipojuca tem o maior PIB per
capta de Pernambuco e uma população que assiste o alto
crescimento econômico do município sem ver nem a sombra de investimentos na
melhoria dos serviços públicos. O crescimento do PIB do município foi enorme
nos últimos anos, porém necas de desenvolvimento social foi revertido para a
população. Em 2004, o PIB do município era de 2.871.459 (em milhares de Reais).
Em 2005, subiu para R$ 3.505.321 e em 2008 cresceu
para R$ 6.250.969. Ou seja, o produto interno bruto do município
havia praticamente dobrado em quatro anos, e atualmente (os dados do censo 2010
ainda serão divulgados) deve ser bem maior. Em 2005, o PIB per capta do
município era de R$ 51.577. Em 2008 esse valor subiu para R$ 84.405. Claro que
esses dados trazem algumas distorções, sobretudo pelo fato de Ipojuca ter
distritos industriais cujo faturamento nem sempre gera valores agregados para a
população.
Mas a ausência de melhoria de vida no município, diante de tamanho
crescimento econômico, só pode ser explicada pela má gestão política e
administrativa do município – cujos políticos historicamente apostam na
ignorância formal da população (educação pública de péssima qualidade) como
ferramenta para manutenção do poder político e econômico.
Prefeito fala de justiça social
na comemoração municipal
Curioso é que no último dia 6 de abril (no palanque de um evento público
que comemorava os 165 anos de emancipação política do município), o prefeito
Pedro Serafim, capitalizando politicamente o desenvolvimento trazido pelo
Complexo de Suape, disse que era “um
privilégio e uma grande felicidade o fato de estar no exercício do cargo no
exato momento histórico em que os cidadãos ipojucanos comemoram, sobretudo a
emancipação social de toda a comunidade ipojucana e o ingresso numa era de
justiça social”.
Faltou o prefeito falar para o povo do município o que ele entende
por “emancipação e justiça social”…
O evento comemorativo aconteceu poucos dias depois de Pedro
Serafim ser condenado por improbidade administrativa, após contratar guardas
municipais de forma irregular, sem concurso público (ler a sentença
aqui).
Um exemplo que comprova a inquestionável má gestão do Erário do
município foi a notícia divulgada hoje no site do
Ministério Público de Pernambuco. Um grupo de seis vereadores,
quatro ex-vereadores e mais um ex-secretário do município foi condenado por
manipularem a distribuição de cestas básicas de um programa da Secretária de
Ação Social.
O esquema montado pelo grupo é um exemplo da prática política que
impera no município. Segundo a matéria do MPPE:
As cestas básicas, cada uma no valor de R$ 37,00, eram entregues
pela Secretaria de Ação Social apenas a quem apresentasse
um cartão vermelho numerado. Durante as investigações, ficou
comprovado que cada sequência numérica correspondia a um
vereador; cada vereador recebeu 500 cartões para distribuir entre seus
eleitores. Só recebiam os alimentos aqueles que
apresentassem o cartão perante a Secretaria, cujos funcionários
anotavam o título eleitoral do cidadão e o
vereador que lhe havia entregue o benefício, dentre outras informações.
A pena imputada ao grupo foi a “perda
da função pública, suspensão dos direitos políticos por cinco anos, proibição
de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais e créditos, além
do ressarcimento de R$ 136,9 mil ao erário municipal e multa civil de R$ 273,8
mil, valores a serem divididos entre todos os réus.”
A condenação por improbidade administrativa se deu em primeira
instância, o que significa que eles ainda podem recorrer. Os envolvidos no
esquema foram os seguintes:
Ex-secretário de Ação Social –> João Carneiro Da Cunha.
Vereadores –> Carlos Antônio Guedes Monteiro, Fernando Antônio de Oliveira (Fernando de Fausto), José Alves Bezerra Júnior (Júnior Alves), Paulo Agostinho Lins, Odimeres José da Silva (Nem Batatinha), e Valter José Pimentel (Valtinho da Sucata).
Ex-vereadores –> Amaro Alves da Silva, Elias José da Silva (Elias Pintor), Gilson José Ribeiro (Gilson Fica Frio) e José Heleno Alves.
Vereadores –> Carlos Antônio Guedes Monteiro, Fernando Antônio de Oliveira (Fernando de Fausto), José Alves Bezerra Júnior (Júnior Alves), Paulo Agostinho Lins, Odimeres José da Silva (Nem Batatinha), e Valter José Pimentel (Valtinho da Sucata).
Ex-vereadores –> Amaro Alves da Silva, Elias José da Silva (Elias Pintor), Gilson José Ribeiro (Gilson Fica Frio) e José Heleno Alves.
Que o povo do Ipojuca lembre desses nomes e de seus aliados nas
eleições do ano que vem. E que o Ministério Público de Pernambuco fique de olho
na politicagem que rola solta no município.
Se investigarem direitinho, certamente outras peripécias serão
detectadas nesse pobre rico município pernambucano.
domingo, 20 de maio de 2012
“Filadelfia a igreja do amor perfeito”
“Filadelfia a igreja do amor perfeito”
Texto: Ap.3.7-13.
Filadelfia-pouca força mas era fiel.
Apresenta-Como aquele que tem as chaves...
Introdução:
Vs.7ª. “O Santo”- (1) É chamado "o Santo". O
significado tremendo deste título é que
"Santo" é o nome, título e descrição de Deus.
"Santo, santo, santo,
Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os
serafins cantarem
(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe
seja igual?
— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso
Santo, o
Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o
Antigo
Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído
ao
Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra
"santo".
Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado,
aquele que é
diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos
homens:
possui como próprias essas qualidades de ser e de existência
que os
homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem
somente a Deus.
Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a
dizer que
Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus.
Vs.7b- “Verdadeiro”- (1) É chamado "o Santo". O
significado tremendo deste título é que
"Santo" é o nome, título e descrição de Deus.
"Santo, santo, santo,
Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os
serafins cantarem
(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe
seja igual?
— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso
Santo, o
Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o
Antigo
Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído
ao
Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra
"santo".
Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado,
aquele que é
diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos
homens:
possui como próprias essas qualidades de ser e de existência
que os
homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem
somente a Deus.
Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a
dizer que
Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus. chega ao
fim nossa busca da verdade; os vagos perfis de Deus se
convertem em algo do passado; nEle temos a verdade, a
realidade, o
próprio Deus.
Vs,7c-“Tem as chaves”- Ele é aquele que tem a chave de Davi,
aquele que abre e
ninguém pode fechar, aquele que fecha e ninguém pode abrir.
Primeiro
veremos que a chave é um símbolo de autoridade. A figura de
Jesus
Cristo que nos pinta esta imagem é a dAquele que possui a
autoridade
final, a que nada nem ninguém pode questionar.
Mas atrás desta imagem também há uma idéia que encontramos
no
Antigo Testamento. Ezequias tinha um servo fiel que se
chamava
Eliaquim. Este Eliaquim tinha as chaves da casa do rei, e
era o único que
podia abrir a porta para os que desejavam ver o rei. E
diz-se de Eliaquim:
“Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele
abrirá, e ninguém
fechará, fechará, e ninguém abrirá” (Isaías 22:22). Esta é a
imagem que
João tem em mente. Jesus, e somente Ele, tem plena
autoridade para
permitir o ingresso à nova Jerusalém, a nova cidade de Davi.
Somente
Ele pode nos permitir entrar na presença de Deus, tal como o
servente
fiel da antigüidade tinha as chaves para abrir as portas aos
que queriam
ver o rei. Tal como se afirma no Te Deum: "Abriu o
Reino dos Céus a
todos os crentes". Ele é o novo e vivo caminho rumo à
presencia de
Deus. É através de Jesus Cristo que se abre a porta do Reino
dos Céus e da presença de Deus; Ele possui a chave que pode abrir ou fechar o
acesso ao Céu.
Vs7d-“Porta Aberta”- (1) Pode ser a porta da oportunidade
missionária. Paulo, escrevendo
aos coríntios com relação à tarefa que o esperava no futuro,
diz: “porque
uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu” (1
Coríntios
16:9). Quando Paulo chegou a Trôade, “uma porta se me abriu
no
Senhor” (2 Coríntios 2:12). Pede aos colossenses que roguem
a Deus que
se lhe abra uma porta para pregar o evangelho (Colossenses
4:3).
Quando Paulo voltou para Antioquia contou como Deus tinha
aberto a
porta da fé aos gentios (Atos 14:27). Este significado é
particularmente
apropriado no caso de Filadélfia. (a) Há uma porta aberta de
oportunidade missionária diante de cada
cristão. Não há necessidade de viajar a lugares longínquos
para cumprir
o mandamento de pregar o evangelho. Na própria família, no
círculo das
amizades mais íntimas, na própria paróquia há aqueles que
necessitam de
Cristo e a quem pode ser anunciado o evangelho salvador.
Usar essa
porta é ao mesmo tempo nosso privilégio e nossa oportunidade
muito
especiais.
(b) No caminho de Cristo a recompensa pelo trabalho bem
feito é
mais trabalho a fazer. Filadélfia tinha demonstrado sua
fidelidade e a
recompensa por esta era ter maiores oportunidades para
continuar
servindo a Cristo. Não é a comodidade do descanso bem
merecido, mas
sim mais fatiga e trabalhos o que Cristo nos dá como prêmio.
(2) Sugeriu-se que a porta aberta que está diante dos
cristãos em
Filadélfia é o próprio Jesus Cristo . Jesus disse "Eu
sou a porta" (João
10:7, 9). A porta que se abre diante dos cristãos de
Filadélfia pode ser o
próprio Cristo, como porta que se abre à presença de Deus.
(3) Sugeriu-se que a porta é a porta da comunidade
messiânica.
Com Jesus Cristo chegou a nova era; foi inaugurado o novo
reino de
Davi. Do mesmo modo como no antigo reino Eliaquim tinha a
chave
para abrir a porta que conduzia à presença do rei, assim
Jesus Cristo tem
as chaves e é Ele mesmo a porta para todos aqueles que
desejem entrar
na presença de Deus.
(4) Independentemente de todas estas coisas, a porta da
oração é
uma entrada a Deus que está aberta em todo o tempo a todos
os homens.
Qualquer pessoa pode entrar pela oração e encontrar-se na
presença viva
de Deus. E esta é, por certo, uma porta que ninguém jamais
poderá
fechar e que Jesus Cristo abriu ao dar seguranças aos homens
com
relação ao amor de Deus o Pai.
Podemos estar seguros que tanto a porta da oportunidade
missionária como a porta da oração são vias de ingresso que
permanecem sempre abertas para todos os cristãos.
Vs8e-“Pouca força”- "guardaste minha palavra e não
negaste o
meu nome" ambos os verbos estão em tempo aoristo, modo
que descreve
uma ação completada em algum momento do passado; a idéia é
que os
cristãos de Filadélfia deveriam ter atravessado por alguma
prova, da qual
emergiram vitoriosos. Suas forças eram escassas, seus
recursos
irrisórios; mas se guardassem sua promessa de fidelidade a
Cristo veriam
algum dia amanhecer o Sol de seu triunfo em Cristo. A
fidelidade do
cristão deve alimentar-se da visão de um mundo para Cristo,
porque esse
mundo depende da fidelidade com que cada cristão viva sua
fé.
Vs.9- “Siangoga de satanás”- I. “...Sinagoga de Satanás”. A
presente expressão, ocorre aqui e em (2.9): nas igrejas de Esmirna e Filadélfia
respectivamente. E basta confrontar essas igrejas a luz do contexto e verificar
que, são as únicas no Apocalipse que não receberam: repreensão do Senhor Jesus.
O vocábulo “sinagoga” só ocorre uma vez no AT (Sl 74.8 LXX),
onde aparece como tradução de “mô’~edh”. No Novo Testamento o termo grego
“synagog~e” é usado cerca de cinqüenta e seis vezes. Porém, sempre com sentido
literal (Lc 4.16, 20, 28, 33; 7.5 e 8). No livro de Atos dos Apóstolos há
muitas referências ali sobre “sinagogas”. As sinagogas tiveram sua origem
durante o cativeiro de Israel no império babilônico. Pensa-se que nos dias de
Jesus na terra havia mais de 500 sinagogas em Jerusalém. Nas igrejas de Esmirna
e Filadélfia, os gnósticos tinham fundado duas sinagogas. No dizer dos tais
gnósticos estas sinagogas eram o “lugar” do auge, de todo o saber (deles).
Diante dos olhos divinos, elas foram e são classificadas: “de sinagogas de
Satanás” (2.9 e 3.9). “Os chefes gnósticos, segundo se diz, degradavam a pessoa
de Cristo e sua missão ; negavam também a possibilidade da encarnação do Verbo,
Jesus, o filho eterno (fc. Jo 1.14); negavam a expiação pelo sangue de Cristo;
tinham ainda um ponto de vista deísta relativamente a Deus; negavam o
verdadeiro destino humano, ou seja, a participação final na natureza do Verbo
(1 Jo 2.23). João, diz que, tais elementos são seguidores do Anticristo e,
acrescenta: “qualquer” que negue o Filho ou a encarnação do Verbo, é mentiroso.
Neste versículo, pelo menos, o termo usado em sentido lato e indefinido.
“Qualquer” que negue a doutrina da encarnação do Verbo (humanidade) de Cristo
tem a atitude do Anticristo. Os gnósticos, que se tinham deixado levar pela
escravidão de Satanás, resolveram abandonar suas casas – e fundarem duas
sinagogas na Ásia Menor: Uma Esmirna, e outra em Filadélfia.
Vs.10-“Palavra da paciência”- Significa que a promessa vai
dirigida aos quais tenham praticado a mesma classe de
paciência que
Jesus viveu na Terra. Quando somos chamados a demonstrar
paciência, a
paciência de Cristo significa três coisas para nós. Em
primeiro lugar,
oferece-nos um exemplo. Em segundo lugar, é uma fonte de
inspiração.
Devemos andar posto nosso olhar nEle, quem, pela alegria que
lhe tinha
sido prometido suportou a cruz, desprezando toda vergonha
(Hebreus
12:1-2). A visão da paciência de Cristo é ao mesmo tempo
nosso modelo
e inspiração. Mas, além disso, a paciência de Cristo é a
garantia de sua
identificação conosco quando somos chamados a suportar com
paciência
algum sofrimento. Ele, por ter sofrido, sendo tentado, é
capaz de nos
socorrer quando nós somos tentados (Hebreus 2:18). Sabemos
que nossa confiança está posta em alguém que atravessou por nossas mesmas
circunstâncias, e que é capaz de ajudar aos que têm que
vivê-las.
Vs.11. “Eis que venho sem demora”- (1) Significa uma
advertência para os despreocupados. Jesus
mesmo nos contou a parábola do servo ímpio, que pensou que
seu senhor
nunca viria e se aproveitou de sua ausência para agir de
maneira
incorreta e perversa. Quando o senhor voltou, de maneira
repentina e
sem advertência prévia, castigou sua maldade, julgando-o e
condenandoo
(Mateus 24:48-51). Paulo adverte os tessalonicenses com
relação à
terrível sorte que espera o desobediente e o incrédulo
quando Jesus seja
revelado no Céu e se vingue de seus inimigos (2
Tessalonicenses 1:7-9). Pedro adverte a seus leitores que terão que dar conta
de suas ações
perante Aquele que vem para julgar os vivos e os mortos (1
Pedro 4:5).
No Novo Testamento a idéia da vinda do Senhor serve para
advertir aos
que pensam que podem fazer o que desejam que o dia do acerto
de
contas vem, e que portanto sua perspectiva para o futuro é o
juízo divino.
(2) Significa uma tranqüilidade para os oprimidos. Tiago
recomenda aos destinatários de sua carta que tenham
paciência, porque o
dia da vinda do Senhor se aproxima (Tiago 5:8). Muito em
breve suas
penúrias passarão. O autor de Hebreus exorta à paciência,
porque aquele
que há de vir virá logo, sua vinda não vi demorar (Hebreus
10:37). A
idéia é que se os cristãos podem suportar pacientemente um
pouco mais,
o dia de seu resgate virá, e logo.
Vs.12. “Coluna no templo do meu Deus”- (1) O cristão fiel
será uma coluna no Templo de Deus. Uma coluna
da Igreja é alguém que recebe a honra e o reconhecimento de
ser um dos elementos humanos em que a Igreja se apóia. Pedro, Tiago e João eram
as colunas da Igreja em Jerusalém, nos tempos primitivos
(Gálatas 2:9).
Abraão — diziam os rabinos judeus — era a coluna do mundo.
Como
uma coluna poderosa, o cristão fiel passa a fazer parte da
estrutura
arquitetônica da Igreja de Deus.
(2) O cristão fiel "nunca mais sairá dali". É
possível que esta
expressão mescle partes de pelo menos dois significados.
(a) Pode ser uma promessa de segurança. Já vimos como,
durante
muitos anos, os habitantes de Filadélfia viveram
aterrorizados por
constantes terremotos e como quando estes sobrevinham todo
mundo
tinha que sair correndo para fora, para evitar as paredes e
tetos que caíam
em cima do desprevenido. Uma vez terminado o terremoto,
voltavam
para suas casas, mas tinha chegado a dominá-los uma
permanente
incerteza. Para eles a vida era um constante sair e entrar,
num clima de
insegurança. A promessa é que com Cristo já não haverá mais
saídas. Para o cristão fiel, existe a promessa de uma serenidade sedentária na
paz que Jesus Cristo pode dar.
(b) Alguns estudiosos crêem que a promessa aqui, refere-se à
firmeza do caráter moral. Nesta vida até os melhores às vezes
agem bem,
às vezes mal. Experimentamos todo o tempo recaídas no gosto
pelas
coisas proibidas. Há momentos dos quais estamos
envergonhados. Mas
aquele que for fiel chegará, em algum momento de sua
evolução moral, a
ser como uma coluna no Templo de Deus, que ninguém pode
tirar de seu
lugar, pois terá conquistado o mal e derrotado o tentador,
convertendo a
bondade e a justiça na atmosfera normal de sua vida. Se este
for o
significado, a imagem descreveria uma vida de constante
serenidade
moral, tal como a que conseguiremos viver quando, superadas
as lutas
deste mundo, desfrutemos de paz na presença de Deus.
(3) Jesus Cristo escreverá sobre o cristão fiel o nome de
seu Deus.
Há várias imagens que podem estar presentes aqui:
Nas cidades da Ásia Menor, e em Filadélfia entre elas,
quando um sacerdote tinha completado suas obrigações profissionais de maneira
fiel durante toda sua vida, os fiéis honravam sua memória, quando
morria, erigindo uma nova coluna no templo onde oficiou,
escrevendo
nela seu nome e o nome de seu pai. Aqui se descreveria o
reconhecimento permanente duradouro com que Jesus recompensa
a
fidelidade em seu serviço.
(b) Pode ser, também, que se faça referência ao costume de
marcar
ao escravo com o nome de seu dono. Do mesmo modo como o amo
põe
sua marca sobre o escravo, para demonstrar que este lhe
pertence, ou o
boiadeiro sua marca sobre os animais que formam parte de seu
rebanho,
para distingui-lo de outros como deles, Deus porá sua marca
sobre os
que lhe forem fiéis. Seja qual for a imagem concreta que
respalda esta
passagem, a verdade é que os fiéis, de uma maneira ou outra,
levarão o
distintivo inconfundível de que pertencem a Deus.
(c) Também é possível que tenhamos aqui uma imagem do Antigo
Testamento. Quando Deus ensinou a Moisés qual devia ser a
bênção que
Arão e seus filhos pronunciariam sobre o povo de Israel,
disse: “Assim,
porão o meu nome sobre os filhos de Israel” (Números
6:22-27). Em
realidade esta é a mesma imagem, ainda que neste caso numa
referência
direta ao Antigo Testamento. Israel levava a marca de Deus,
para que
todos os homens soubessem que pertencia a Ele.
VEREADORES CASSADOS EM IPOJUCA
Justiça afasta seis vereadores de Ipojuca: peculato
Pela sentença da juíza da Vara Criminal de Ipojuca, Andréa Calado, foram afastados, além de Júnior Alves, os vereadores Odimeres da Silva (Nem Batatinha, PDT), Paulo Lins (PDT), Fernando de Oliveira (PSL), Valter Pimentel (PMDB) e Carlos Guedes Monteiro (PMDB), o presidente da Câmara.
O caso veio à tona em 2007, quando o vereador Júnior Alves (PSL) foi preso em Fortaleza (CE) sacando dinheiro em um caixa eletrônico com 35 cartões pertencentes a servidores da Casa. Na época, ele alegou que os cartões estavam em seu poder porque atuava como agiota na Câmara. O caso chamou a atenção do Ministério Público, que indiciou todos os vereadores do município.
sábado, 12 de maio de 2012
“SARDES ESPLENDOR NO PASSADO DECADÊNCIA NO FUTURO”
“SARDES ESPLENDOR NO PASSADO DECADÊNCIA NO FUTURO”
TEXTO: Ap.3.1-6.
INTRODUÇÃO: No tempo de João, Sardes, antes capital do
antigo reino de Lídia, era comparativamente insignificante. Até a igreja
participava dessa humilhação – tens nome de que vives, e estás morto (v.
1). Sir W. M. Ramsay disse que em nenhum outro lugar
pode encontrar
um
contraste tão melancólico entre o esplendor passado e a decadência.
Sardes
era uma cidade degenerada. Vejamos sua história, porque a carta
à
Igreja em Sardes está escrita tendo em mente essa história.
Setecentos
anos antes que se escrevesse a Carta a Sardes, esta
localidade
era uma das cidades mais magníficas do mundo. Desde Sardes
governava
o rei de Lídia, com esplendor oriental sobre seu vasto
império.
Na época do Apocalipse, Sardes era uma cidade oriental, hostil
ao
mundo helênico e temeroso de tudo o que fosse grego. Esquilo, o
grande
dramaturgo grego, escreveu com relação a Sardes: "Os que
habitam
perto de Tmolus juraram destruir o jugo helênico."
Sardes
estava localizada no meio da planície do rio Hermus. Ao
norte
dessa planície ergue-se a longa cordilheira do monte Tmolus;
desde
essa cordilheira se apartam uma série de cadeias menores, como
esporões,
cada uma das quais abrange uma estreita meseta. Sobre um
destes
esporões, a quinhentos metros de altura, levantava-se a Sardes
original.
É evidente que essa posição convertia Sardes numa praça
militar
virtualmente inexpugnável. Os lados da meseta eram suavemente
escarpados;
somente podia penetrar-se em Sardes pelo lugar onde a
meseta
se unia à cadeia de Tmolus. Mas ainda por esta passagem o
ingresso
era difícil e íngreme. Tem-se dito que Sardes se elevava como uma enorme torre
de vigia sobre o vale do Hermus. Chegou o momento
quando
o espaço de que dispunha a cidade em sua meseta foi muito
estreito
para a expansão de suas edificações. Sardes seguiu crescendo,
então,
sobre o sopé da meseta. O nome de Sardes (Sardeis em grego) é
uma
palavra plural, porque em realidade tratava-se de duas cidades, a
cidade sobre a meseta e a
cidade no vale abaixo da meseta.
Vs1-Nessa
atmosfera generalizada de degeneração e decadência a
própria
Igreja cristã em Sardes tinha perdido sua vitalidade e seu poder,
parecia-se
mais a um cadáver que a uma Igreja viva. A Igreja em Sardes
era
uma Igreja degenerada numa cidade degenerada.
*(1) É
aquele que tem os sete espíritos de Deus. Já nos tínhamos
encontrado
com esta frase estranha em Apocalipse 1:4. Seu significado
pode
ter dois aspectos:
(a)
Denota o Espírito Santo, em seu sétuplo dom, uma idéia que se
fundamenta
em Isaías 11:2. O sétuplo dom é a sétupla manifestação do
Espírito
Santo.
(b)
Denota o Espírito em sua sétupla atuação. Há sete Igrejas na
Ásia,
e entretanto em cada uma delas o Espírito opera na plenitude de
sua
presença e poder. Em cada uma delas sua presença é igualmente
plena
e completa. Os sete espíritos significam, então, a universalidade da
presença
do Espírito Santo.
(2) É
aquele que tem as sete estrelas. As estrelas representam as
Igrejas
e seus anjos. A Igreja é de Jesus Cristo. Ele é aquele que tem,
possui,
é dono da Igreja. Em muitas oportunidades e lugares as fomes
agem
como se a Igreja lhes pertencesse, como se tivessem direito de
administrar
e governar a Igreja para acomodá-la a seus próprios objetivos ou interesses. Mas a Igreja, e cada
uma das congregações que
estão
nela, pertence a Jesus Cristo e todos os que estão na Igreja são seus
servos.
No que respeita a qualquer decisão relacionada com ela, em sua
Apocalipse
(William Barclay) 137
totalidade
ou em qualquer de suas partes, o fator decisivo não deve ser
jamais
o que querem os homens que a Igreja faça, mas sim qual é a
vontade de Jesus Cristo,
seu Senhor, Amo e Proprietário.
*A DIFERENÇA ENTRE MORTE E VIDA
A
terrível acusação que se levanta contra a Igreja em Sardes é que
mesmo
quando goza de uma boa reputação por sua atividade, no fundo
está
morta. O Novo Testamento relaciona muito freqüentemente o
pecado
com a morte. Nas Epístolas Pastorais lemos: “A que se entrega
aos
prazeres, mesmo viva, está morta” (1 Timóteo 5:6). O Filho Pródigo,
quando
volta à casa de seu pai, é aquele que estava morto e agora vive
(Lucas
15:24). Os cristãos de Roma, por serem homens e mulheres que
aceitaram
a Jesus Cristo como seu Salvador, são vivos entre os mortos
(Romanos
6:13). Paulo diz que seus conversos, antes de terem conhecido
o
Evangelho, estavam mortos em suas transgressões e pecados (Efésios
2:1,5). O efeito do
pecado é uma espécie de morte
(1) O
pecado é a morte da vontade. Se alguém aceitar o convite do
pecado,
chega muito em breve ao momento quando é incapaz de aceitar
qualquer
outro convite. Os hábitos vão deitando raízes nele, até que já
não
pode abandoná-los, por mais forte que seja seu desejo de fazê-lo. A
indulgência
vai apoderando-se dele até que não tem forças para viver de
outra
maneira, ainda que odeie seu comportamento. Chega-se ao ponto,
como
observava Sêneca, de que alguém odeie e ame seus pecados ao
mesmo
tempo. É um estado no qual o homem é, definitivamente, escravo
do
pecado. Há poucos de nós que não tenhamos experimentado a força
de um
mau hábito. É tão grande o poder do pecado que termina sempre
invariavelmente
matando a vontade.
(2) O
pecado é a morte dos sentimentos. O processo de converter-se
em
escravo do pecado não se produz da noite à manhã. A primeira vez
que um
homem peca, ele o faz com vacilações e dúvidas. Pensa que isso
não
deve voltar a suceder outra vez. Mas chega o momento, se continua
fazendo
o que sabe que é incorreto, quando as vacilações e dúvidas já
não o
detêm, pois nem sequer as experimenta. Antes, teria ficado
horrorizado
ver-se a si mesmo nessa situação. Agora, o faz sem temores, sem remorsos, com
toda naturalidade. O pecado, como diz Burns,
"petrifica
os sentimentos". A tragédia do pecado é que mata o mais
elevado e superior do
homem.
(3) O
pecado é a morte da beleza: pode tomar as coisas mais belas e
transformá-las
em feias. Como conseqüência do pecado o desejo pelas
coisas
mais altas pode transformar-se na ambição de poder; o desejo de
servir
pode chegar a ser a vontade torcida de dominar a outros com
favores;
o amor e o desejo que deste emana, convertem-se em luxúria. O
pecado
mata a beleza da vida.
É
somente mediante a graça de Deus que podemos escapar à morte
do
pecado, ressuscitar dessa morte, mesmo quando o pecado nos tenha
totalmente prisioneiros
em suas garras
A IGREJA LIVRE DE AMEAÇA
A
morte da igreja em Sardes teve um efeito muito estranho.
(1)
Não havia heresias que ameaçassem a Igreja em Sardes. Não há
indicação
alguma da presencia em Sardes de falsas doutrinas, ou da
influência
de mestres com idéias contrárias ao Evangelho. A Igreja em
Sardes
era muito ociosa intelectualmente para dar-se ao trabalho de
pensar.
A heresia sempre é o produto de uma mente que busca e
investiga,
é, em realidade, um sinal de vitalidade e inteligência; indica,
pelo menos,
que há aqueles que tentaram pensar as coisas por sua própria
conta.
A heresia em geral é o acento desequilibrado de um aspecto da
verdade.
Se
sublinhamos muito a divindade de Jesus Cristo, caímos no
docetismo,
uma heresia segundo a qual a humanidade de nosso Senhor
teria
sido só aparente. Se acentuamos muito a humanidade, pelo
contrário,
Jesus Cristo converte-se numa figura heróica, no melhor dos
homens
bons. Se acentuarmos muito a Lei, caímos no legalismo que
mata o espírito; se
acentuamos muito a graça caímos no antinomianismo
O DEVER DE ESTAR
VIGILANTE
(1) A
vigilância deveria ser uma atitude constante da vida cristã. “Já
é hora
de vos despertardes do sono”, diz Paulo (Romanos 13:11). E
também:
“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé” (1 Coríntios 16:13).
Segundo
se tem dito, "A constante vigilância é o preço da liberdade", e
pode
ampliar-se este provérbio afirmando: "A vigilância eterna é o preço
da
salvação".
(2) O
cristão deve estar vigilante contra as armadilhas do demônio
(1
Pedro 5:8). A cidade de Sardes conhecia, em sua história, o perigo que
corre
uma guarnição quando seu guarda não vigia constantemente. O
cristão
está sendo atacado todo o tempo pelos poderes que buscam
separá-lo
de sua lealdade a Cristo e do caminho do bem. Em geral estes
ataques
são sutis e disfarçados. Portanto, a gente sempre deve estar em
guarda.
(3) O
cristão deve estar vigilante contra a tentação. Disse Jesus:
“Vigiai
e orai, para que não entreis em tentação” (Mateus 26:41). A
tentação
espera os momentos em que não estamos em guarda, e então
ataca.
Um momento de paixão pode nos fazer descuidar nosso
autocontrole.
Uma fraqueza transitiva da vontade pode nos fazer vacilar
no
propósito de não ter nada que ver com o mal. A fadiga, a tristeza, o
Apocalipse
(William Barclay) 141
esgotamento,
podem reduzir nosso poder de resistência. Um momento de
exagerada
confiança em nós mesmos pode converter-se num momento
de
ruína. Na vida cristã deve-se vigiar o ataque da tentação cada vez
com
maior cuidado.
(4) Em
repetidas ocasiões o Novo Testamento exorta os cristãos a
esperar
vigilantes a vinda do Senhor. “Portanto, vigiai, porque não sabeis
em que
dia vem o vosso Senhor”. “O que, porém, vos digo, digo a todos:
vigiai!”
(Mateus 24:42-43; Marcos 13:37). Paulo acrescenta: “Assim,
pois, não
durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos
sóbrios”
(1 Tessalonicenses 5:6). Nenhum homem sabe quando será o
momento
em que a eternidade invadirá o tempo. "O último dia, diz
Agostinho,
"é um segredo, para que cada dia vigiemos". Devemos viver
cada
dia de nossas vidas como se fosse o último.
(5) O
cristão deve estar vigilante contra os falsos ensinos e os falsos
mestres.
No último discurso de Paulo aos anciãos de Éfeso, adverte-os de
que
lobos rapaces vão invadir o rebanho, de fora, e que de dentro se
levantarão
homens ímpios que falarão coisas perversas. "Portanto", dizlhes,
"estejam
vigilantes" (Atos 20:29-31).
(6) E
o cristão não deve esquecer que assim como ele monta guarda
por
Jesus Cristo, Jesus Cristo o está guardando. O Cristo ressuscitado
diz:
"Não achei tuas obras perfeitas diante de Deus." Aqui nos saem ao
encontro
duas grandes verdades.
(a)
Cristo espera algo de nós. Muito freqüentemente vemos Cristo
como
Aquele que nos dá coisas; esperamos que Ele nos dê poder, ajuda,
apoio,
consolação. Mas não devemos esquecer nunca que Ele espera
nosso
amor, nossa lealdade e nosso serviço. O cristianismo nunca deve
conceber-se
como uma relação unilateral na qual nós recebemos tudo e
nunca
damos nada. Cristo espera de nós o serviço e o amor que
possamos
lhe oferecer.
(b) O
que devemos fazer é o que está ao alcance de nossa mão. Há
um
dito em inglês, muito antigo e muito verdadeiro: "O senão é o que
estamos
obrigados a fazer, o destino o que podemos fazer." O cristão não
Apocalipse
(William Barclay) 142
crê
num senão iniludível, mas sim crê num destino, que pode aceitar ou
rejeitar.
Cristo espera algo de cada um de nós; há algo que cada um de
nós pode fazer por Ele.
Vs.3-(1)
O Cristo ressuscitado diz: “Lembra-te, pois, do que tens
recebido
e ouvido.” Neste caso a exortação está (no idioma grego do
original)
em presente imperativo, e significa: "Segue lembrando, lembra
cada
dia, nunca te permitas esquecer..."
O
Cristo ressuscitado está dizendo aos letárgicos cristãos de Sardes
que
devem lembrar o entusiasmo e emoção que experimentaram ao
ouvirem
o evangelho pela primeira vez. É um fato da vida que certas
coisas
afiam a memória que está fraca.
Quando
voltamos a visitar a tumba de um ser querido, o lugar volta
a nos
trazer em toda sua acuidade o sentimento de tristeza e dor que um
dia
experimentamos. Quando voltamos para um lugar onde vivemos uma
experiência
muito profunda, a visão das coisas que nos rodeiam reacende
em nós
o deleite ou a amargura que nos invadiram naquela circunstância.
Os
sentimentos voltam para nós com uma intensidade que o tempo tinha
conseguido
aplacar. Várias vezes, ao longo de sua vida, o cristão deve
voltar
a pôr-se de pé diante da Cruz, para lembrar com toda clareza o que
Deus
tem feito por ele.
(2) O
Cristo ressuscitado diz “Arrepende-te...” Neste caso o verbo é
um
aoristo imperativo, que descreve, em grego, uma ação completada.
Na
vida cristã deve haver um momento decisivo, quando fazemos a
opção
de deixar atrás todas as coisas velhas e começar um novo
caminho.
Trata-se de uma crise fundamental na vida, o corte definitivo
de um
estilo de vida e a decisão firme de iniciar uma vida nova. É uma
meia-volta
completa, graças a qual iniciamos nossa marcha com Cristo e
Apocalipse
(William Barclay) 143
não
seguimos escapando dEle. Todo ser humano deve dar-se conta que o
cristianismo
não é hábito ou empecilho, mas sim a conseqüência de uma
decisão
consciente e crítica.
(3) O
Cristo ressuscitado diz: “Guarda-o...” (o que tens recebido e
ouvido).
Aqui voltamos ao presente imperativo, que indica uma ação
continuada.
Significa: "Nunca deixe de observar, de guardar os
mandamentos
do evangelho; guarda-os e observa-os diariamente; transita
pelo
caminho cristão cada minuto de sua existência." Esta é uma
advertência
contra o que poderíamos chamar "cristianismo
espasmódico".
Muitos de nós somos cristãos um dia e não cristãos no
dia
seguinte. Muitos de nós somos capazes da maior nobreza um dia, e
da
maior deslealdade no dia seguinte. Podemos agir com uma bondade
quase
sacrifical num momento, mas depois seremos brutalmente
egoístas.
O mandamento do Cristo ressuscitado é que perseverantemente,
dia a
dia, guardemos e observemos os mandamentos e as exigências do
evangelho.
(4)
Por último, temos o mandamento de ser vigilantes. Há um
antigo
ditado latino que reza: "Os deuses caminham com seus pés
envoltos
em lã." Aproximam-se de nós, quer dizer, sem que nos
tenhamos
dado conta de sua proximidade, surpreendem-nos com sua
presença.
Num momento inesperado, sem que tenhamos podido prevê-lo,
encontramo-nos
um dia frente a frente com a eternidade. Mas isto não
nos
poderá suceder se cada dia de nossa vida o vivemos à sombra da
eternidade,
se cada dia de nossa vida o vivemos na presença e companhia
de
Jesus Cristo. Aquele que anda com sua mão na dEle, não poderá ser
tomado de surpresa por
sua vinda em glória.
Vs.3b-(3)
O Cristo ressuscitado diz: “Guarda-o...” (o que tens recebido e
ouvido).
Aqui voltamos ao presente imperativo, que indica uma ação
continuada.
Significa: "Nunca deixe de observar, de guardar os
mandamentos
do evangelho; guarda-os e observa-os diariamente; transita
pelo
caminho cristão cada minuto de sua existência." Esta é uma
advertência
contra o que poderíamos chamar "cristianismo
espasmódico".
Muitos de nós somos cristãos um dia e não cristãos no
dia seguinte.
Muitos de nós somos capazes da maior nobreza um dia, e
da
maior deslealdade no dia seguinte. Podemos agir com uma bondade
quase
sacrifical num momento, mas depois seremos brutalmente
egoístas.
O mandamento do Cristo ressuscitado é que perseverantemente,
dia a
dia, guardemos e observemos os mandamentos e as exigências do
evangelho.
(4)
Por último, temos o mandamento de ser vigilantes. Há um
antigo
ditado latino que reza: "Os deuses caminham com seus pés
envoltos
em lã." Aproximam-se de nós, quer dizer, sem que nos
tenhamos
dado conta de sua proximidade, surpreendem-nos com sua
presença.
Num momento inesperado, sem que tenhamos podido prevê-lo,
encontramo-nos
um dia frente a frente com a eternidade. Mas isto não
nos
poderá suceder se cada dia de nossa vida o vivemos à sombra da
eternidade,
se cada dia de nossa vida o vivemos na presença e companhia
de
Jesus Cristo. Aquele que anda com sua mão na dEle, não poderá ser
tomado de surpresa por
sua vinda em glória.
Vs.4a-No
versículo 4 brilha, através das trevas, um raio de esperança. Até
em
Sardes há um remanescente fiel. Deus, em sua misericórdia, busca
Apocalipse
(William Barclay) 144
com
mais afã os bons que os maus. Quando Abraão está intercedendo
perante
Deus por Sodoma, diz-lhe: "Longe de ti exterminar o justo com
o
pecador" (Gênesis 18:25). Deus busca com paciência, até encontrar um
remanescente
fiel. Na antiga história dos reis de Israel, somente Aías foi
perdoado,
entre todos os filhos de Jeroboão, porque nele se encontrou
uma
atitude positiva para com o Deus de Israel (1 Reis 14:13). Deus
nunca
deixa de buscar seu remanescente fiel, nunca chegam a confundirse,
no
olhar de Deus, os bons e os maus, mesmo quando estejam muito
mesclados.
Va.- Vestidos
A
tríplice promessa para todos os que foram fiéis é a seguinte:
(1)
Serão vestidos com uma túnica branca. Já se tem lido no
Evangelho
que os justos "resplandecerão como o Sol no reino de seu
Pai"
(Mateus 13:43); o próprio Deus, segundo o salmista, estaria
"vestido"
de luz (Salmo 104:2). O que representa, então, a túnica branca?
(a) No
mundo antigo as túnicas brancas eram usadas nos dias de
festa
e regozijo. “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais
falte
o óleo sobre a tua cabeça” recomendava o pregador aos que
queriam
viver contentes (Eclesiastes 9:8). A túnica branca pode
representar
o fato de que os fiéis serão convidados ao banquete celestial.
(b) No
mundo antigo as túnicas brancas representavam a vitória.
Quando
em Roma se celebrava algum triunfo militar todos os habitantes
da
cidade vestiam túnicas brancas. A cidade, então, recebia o nome de
"cidade
branca". As túnicas brancas podem representar, então, a
recompensa
daqueles que ganharam a vitória e são reconhecidos como
vencedores
por Deus.
Apocalipse
(William Barclay) 146
(c) Em
toda terra e época o branco é a cor da pureza; neste caso,
pode
significar aquela pureza cuja recompensa é o privilégio de ver a
Deus
(Mateus 5:8).
(d)
Sugeriu-se que as túnicas brancas podem representar os corpos
ressuscitados
que os fiéis levarão algum dia. Os que forem fiéis
compartilharão
a pureza branca da luz que reveste a Deus em pessoa.
Não é
necessário que escolhamos entre os diversos significados
possíveis
das túnicas brancas; podemos pensar que todos estes fazem
parte
de uma promessa muito grande para esgotar-se numa única forma
de
bem-aventurança.
(2)
Seus nomes não serão apagados do Livro da Vida. O Livro da
Vida é
uma idéia que freqüentemente aparece na Bíblia. Moisés estava
disposto
a ser riscado do Livro da Vida se seu sacrifício fosse suficiente
para
livrar a seu povo das conseqüências do pecado que tinha cometido
(Gênesis
32:32-33). O salmista tem a esperança de ver o nome dos
ímpios
apagados do Livro da Vida (Salmo 69:28). No dia do juízo, serão
salvos
os que estiverem inscritos no livro (Daniel 12:1). Estão escritos
no
livro os nomes dos colaboradores fiéis do apóstolo Paulo (Filip. 4:3).
Aquele
que não tem seu nome escrito no Livro da Vida será lançado no
lago
de fogo (Apocalipse 20:15). Somente os que estão escritos no Livro
do
Cordeiro entrarão com Ele na bem-aventurança (Apocalipse 21:27).
Na
antigüidade os reis levavam um livro no qual se anotavam os
nomes
de todos os cidadãos. Se alguém cometia um crime contra o
Estado,
era apagado do livro, assim como era apagado, normalmente, ao
morrer.
Que nosso nome esteja escrito no Livro da Vida significa que
somos
cidadãos fiéis do Reino de Deus.
(3)
Jesus Cristo confessará seus nomes diante de seu Pai e dos
anjos.
A promessa de Jesus é que se alguém confessar seu nome diante
dos
homens, Ele confessará o nome de sua testemunha diante de Deus; e
se
alguém o negar diante dos homens, Ele o negará diante de Deus
Apocalipse (William Barclay) 147
(Mateus 10:32-33; Lucas 12:8-9). Jesus Cristo será sempre fiel com os
que sejam fiéis a Ele.
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