domingo, 20 de maio de 2012

“Filadelfia a igreja do amor perfeito”


“Filadelfia a igreja do amor perfeito”

Texto: Ap.3.7-13.

Filadelfia-pouca força mas era fiel.

Apresenta-Como aquele que tem as chaves...



Introdução:



Vs.7ª. “O Santo”- (1) É chamado "o Santo". O significado tremendo deste título é que

"Santo" é o nome, título e descrição de Deus. "Santo, santo, santo,

Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os serafins cantarem

(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual?

— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o

Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o Antigo

Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído ao

Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra "santo".

Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado, aquele que é

diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos homens:

possui como próprias essas qualidades de ser e de existência que os

homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem somente a Deus.

Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a dizer que

Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus.

Vs.7b- “Verdadeiro”- (1) É chamado "o Santo". O significado tremendo deste título é que

"Santo" é o nome, título e descrição de Deus. "Santo, santo, santo,

Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os serafins cantarem

(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual?

— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o

Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o Antigo

Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído ao

Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra "santo".

Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado, aquele que é

diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos homens:

possui como próprias essas qualidades de ser e de existência que os

homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem somente a Deus.

Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a dizer que

Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus. chega ao fim nossa busca da verdade; os vagos perfis de Deus se

convertem em algo do passado; nEle temos a verdade, a realidade, o

próprio Deus.

Vs,7c-“Tem as chaves”- Ele é aquele que tem a chave de Davi, aquele que abre e

ninguém pode fechar, aquele que fecha e ninguém pode abrir. Primeiro

veremos que a chave é um símbolo de autoridade. A figura de Jesus

Cristo que nos pinta esta imagem é a dAquele que possui a autoridade

final, a que nada nem ninguém pode questionar.

Mas atrás desta imagem também há uma idéia que encontramos no

Antigo Testamento. Ezequias tinha um servo fiel que se chamava

Eliaquim. Este Eliaquim tinha as chaves da casa do rei, e era o único que

podia abrir a porta para os que desejavam ver o rei. E diz-se de Eliaquim:

“Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém

fechará, fechará, e ninguém abrirá” (Isaías 22:22). Esta é a imagem que

João tem em mente. Jesus, e somente Ele, tem plena autoridade para

permitir o ingresso à nova Jerusalém, a nova cidade de Davi. Somente

Ele pode nos permitir entrar na presença de Deus, tal como o servente

fiel da antigüidade tinha as chaves para abrir as portas aos que queriam

ver o rei. Tal como se afirma no Te Deum: "Abriu o Reino dos Céus a

todos os crentes". Ele é o novo e vivo caminho rumo à presencia de

Deus. É através de Jesus Cristo que se abre a porta do Reino dos Céus e da presença de Deus; Ele possui a chave que pode abrir ou fechar o

acesso ao Céu.

Vs7d-“Porta Aberta”- (1) Pode ser a porta da oportunidade missionária. Paulo, escrevendo

aos coríntios com relação à tarefa que o esperava no futuro, diz: “porque

uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu” (1 Coríntios

16:9). Quando Paulo chegou a Trôade, “uma porta se me abriu no

Senhor” (2 Coríntios 2:12). Pede aos colossenses que roguem a Deus que

se lhe abra uma porta para pregar o evangelho (Colossenses 4:3).

Quando Paulo voltou para Antioquia contou como Deus tinha aberto a

porta da fé aos gentios (Atos 14:27). Este significado é particularmente

apropriado no caso de Filadélfia. (a) Há uma porta aberta de oportunidade missionária diante de cada

cristão. Não há necessidade de viajar a lugares longínquos para cumprir

o mandamento de pregar o evangelho. Na própria família, no círculo das

amizades mais íntimas, na própria paróquia há aqueles que necessitam de

Cristo e a quem pode ser anunciado o evangelho salvador. Usar essa

porta é ao mesmo tempo nosso privilégio e nossa oportunidade muito

especiais.

(b) No caminho de Cristo a recompensa pelo trabalho bem feito é

mais trabalho a fazer. Filadélfia tinha demonstrado sua fidelidade e a

recompensa por esta era ter maiores oportunidades para continuar

servindo a Cristo. Não é a comodidade do descanso bem merecido, mas

sim mais fatiga e trabalhos o que Cristo nos dá como prêmio.

(2) Sugeriu-se que a porta aberta que está diante dos cristãos em

Filadélfia é o próprio Jesus Cristo . Jesus disse "Eu sou a porta" (João

10:7, 9). A porta que se abre diante dos cristãos de Filadélfia pode ser o

próprio Cristo, como porta que se abre à presença de Deus.

(3) Sugeriu-se que a porta é a porta da comunidade messiânica.

Com Jesus Cristo chegou a nova era; foi inaugurado o novo reino de

Davi. Do mesmo modo como no antigo reino Eliaquim tinha a chave

para abrir a porta que conduzia à presença do rei, assim Jesus Cristo tem

as chaves e é Ele mesmo a porta para todos aqueles que desejem entrar

na presença de Deus.

(4) Independentemente de todas estas coisas, a porta da oração é

uma entrada a Deus que está aberta em todo o tempo a todos os homens.

Qualquer pessoa pode entrar pela oração e encontrar-se na presença viva

de Deus. E esta é, por certo, uma porta que ninguém jamais poderá

fechar e que Jesus Cristo abriu ao dar seguranças aos homens com

relação ao amor de Deus o Pai.

Podemos estar seguros que tanto a porta da oportunidade

missionária como a porta da oração são vias de ingresso que

permanecem sempre abertas para todos os cristãos.

Vs8e-“Pouca força”- "guardaste minha palavra e não negaste o

meu nome" ambos os verbos estão em tempo aoristo, modo que descreve

uma ação completada em algum momento do passado; a idéia é que os

cristãos de Filadélfia deveriam ter atravessado por alguma prova, da qual

emergiram vitoriosos. Suas forças eram escassas, seus recursos

irrisórios; mas se guardassem sua promessa de fidelidade a Cristo veriam

algum dia amanhecer o Sol de seu triunfo em Cristo. A fidelidade do

cristão deve alimentar-se da visão de um mundo para Cristo, porque esse

mundo depende da fidelidade com que cada cristão viva sua fé.

Vs.9- “Siangoga de satanás”- I. “...Sinagoga de Satanás”. A presente expressão, ocorre aqui e em (2.9): nas igrejas de Esmirna e Filadélfia respectivamente. E basta confrontar essas igrejas a luz do contexto e verificar que, são as únicas no Apocalipse que não receberam: repreensão do Senhor Jesus.

O vocábulo “sinagoga” só ocorre uma vez no AT (Sl 74.8 LXX), onde aparece como tradução de “mô’~edh”. No Novo Testamento o termo grego “synagog~e” é usado cerca de cinqüenta e seis vezes. Porém, sempre com sentido literal (Lc 4.16, 20, 28, 33; 7.5 e 8). No livro de Atos dos Apóstolos há muitas referências ali sobre “sinagogas”. As sinagogas tiveram sua origem durante o cativeiro de Israel no império babilônico. Pensa-se que nos dias de Jesus na terra havia mais de 500 sinagogas em Jerusalém. Nas igrejas de Esmirna e Filadélfia, os gnósticos tinham fundado duas sinagogas. No dizer dos tais gnósticos estas sinagogas eram o “lugar” do auge, de todo o saber (deles). Diante dos olhos divinos, elas foram e são classificadas: “de sinagogas de Satanás” (2.9 e 3.9). “Os chefes gnósticos, segundo se diz, degradavam a pessoa de Cristo e sua missão ; negavam também a possibilidade da encarnação do Verbo, Jesus, o filho eterno (fc. Jo 1.14); negavam a expiação pelo sangue de Cristo; tinham ainda um ponto de vista deísta relativamente a Deus; negavam o verdadeiro destino humano, ou seja, a participação final na natureza do Verbo (1 Jo 2.23). João, diz que, tais elementos são seguidores do Anticristo e, acrescenta: “qualquer” que negue o Filho ou a encarnação do Verbo, é mentiroso. Neste versículo, pelo menos, o termo usado em sentido lato e indefinido. “Qualquer” que negue a doutrina da encarnação do Verbo (humanidade) de Cristo tem a atitude do Anticristo. Os gnósticos, que se tinham deixado levar pela escravidão de Satanás, resolveram abandonar suas casas – e fundarem duas sinagogas na Ásia Menor: Uma Esmirna, e outra em Filadélfia.







Vs.10-“Palavra da paciência”- Significa que a promessa vai

dirigida aos quais tenham praticado a mesma classe de paciência que

Jesus viveu na Terra. Quando somos chamados a demonstrar paciência, a

paciência de Cristo significa três coisas para nós. Em primeiro lugar,

oferece-nos um exemplo. Em segundo lugar, é uma fonte de inspiração.

Devemos andar posto nosso olhar nEle, quem, pela alegria que lhe tinha

sido prometido suportou a cruz, desprezando toda vergonha (Hebreus

12:1-2). A visão da paciência de Cristo é ao mesmo tempo nosso modelo

e inspiração. Mas, além disso, a paciência de Cristo é a garantia de sua

identificação conosco quando somos chamados a suportar com paciência

algum sofrimento. Ele, por ter sofrido, sendo tentado, é capaz de nos

socorrer quando nós somos tentados (Hebreus 2:18). Sabemos que nossa confiança está posta em alguém que atravessou por nossas mesmas

circunstâncias, e que é capaz de ajudar aos que têm que vivê-las.

Vs.11. “Eis que venho sem demora”- (1) Significa uma advertência para os despreocupados. Jesus

mesmo nos contou a parábola do servo ímpio, que pensou que seu senhor

nunca viria e se aproveitou de sua ausência para agir de maneira

incorreta e perversa. Quando o senhor voltou, de maneira repentina e

sem advertência prévia, castigou sua maldade, julgando-o e condenandoo

(Mateus 24:48-51). Paulo adverte os tessalonicenses com relação à

terrível sorte que espera o desobediente e o incrédulo quando Jesus seja

revelado no Céu e se vingue de seus inimigos (2 Tessalonicenses 1:7-9). Pedro adverte a seus leitores que terão que dar conta de suas ações

perante Aquele que vem para julgar os vivos e os mortos (1 Pedro 4:5).

No Novo Testamento a idéia da vinda do Senhor serve para advertir aos

que pensam que podem fazer o que desejam que o dia do acerto de

contas vem, e que portanto sua perspectiva para o futuro é o juízo divino.

(2) Significa uma tranqüilidade para os oprimidos. Tiago

recomenda aos destinatários de sua carta que tenham paciência, porque o

dia da vinda do Senhor se aproxima (Tiago 5:8). Muito em breve suas

penúrias passarão. O autor de Hebreus exorta à paciência, porque aquele

que há de vir virá logo, sua vinda não vi demorar (Hebreus 10:37). A

idéia é que se os cristãos podem suportar pacientemente um pouco mais,

o dia de seu resgate virá, e logo.

Vs.12. “Coluna no templo do meu Deus”- (1) O cristão fiel será uma coluna no Templo de Deus. Uma coluna

da Igreja é alguém que recebe a honra e o reconhecimento de ser um dos elementos humanos em que a Igreja se apóia. Pedro, Tiago e João eram

as colunas da Igreja em Jerusalém, nos tempos primitivos (Gálatas 2:9).

Abraão — diziam os rabinos judeus — era a coluna do mundo. Como

uma coluna poderosa, o cristão fiel passa a fazer parte da estrutura

arquitetônica da Igreja de Deus.

(2) O cristão fiel "nunca mais sairá dali". É possível que esta

expressão mescle partes de pelo menos dois significados.

(a) Pode ser uma promessa de segurança. Já vimos como, durante

muitos anos, os habitantes de Filadélfia viveram aterrorizados por

constantes terremotos e como quando estes sobrevinham todo mundo

tinha que sair correndo para fora, para evitar as paredes e tetos que caíam

em cima do desprevenido. Uma vez terminado o terremoto, voltavam

para suas casas, mas tinha chegado a dominá-los uma permanente

incerteza. Para eles a vida era um constante sair e entrar, num clima de

insegurança. A promessa é que com Cristo já não haverá mais saídas. Para o cristão fiel, existe a promessa de uma serenidade sedentária na

paz que Jesus Cristo pode dar.

(b) Alguns estudiosos crêem que a promessa aqui, refere-se à

firmeza do caráter moral. Nesta vida até os melhores às vezes agem bem,

às vezes mal. Experimentamos todo o tempo recaídas no gosto pelas

coisas proibidas. Há momentos dos quais estamos envergonhados. Mas

aquele que for fiel chegará, em algum momento de sua evolução moral, a

ser como uma coluna no Templo de Deus, que ninguém pode tirar de seu

lugar, pois terá conquistado o mal e derrotado o tentador, convertendo a

bondade e a justiça na atmosfera normal de sua vida. Se este for o

significado, a imagem descreveria uma vida de constante serenidade

moral, tal como a que conseguiremos viver quando, superadas as lutas

deste mundo, desfrutemos de paz na presença de Deus.

(3) Jesus Cristo escreverá sobre o cristão fiel o nome de seu Deus.

Há várias imagens que podem estar presentes aqui:

Nas cidades da Ásia Menor, e em Filadélfia entre elas, quando um sacerdote tinha completado suas obrigações profissionais de maneira fiel durante toda sua vida, os fiéis honravam sua memória, quando

morria, erigindo uma nova coluna no templo onde oficiou, escrevendo

nela seu nome e o nome de seu pai. Aqui se descreveria o

reconhecimento permanente duradouro com que Jesus recompensa a

fidelidade em seu serviço.

(b) Pode ser, também, que se faça referência ao costume de marcar

ao escravo com o nome de seu dono. Do mesmo modo como o amo põe

sua marca sobre o escravo, para demonstrar que este lhe pertence, ou o

boiadeiro sua marca sobre os animais que formam parte de seu rebanho,

para distingui-lo de outros como deles, Deus porá sua marca sobre os

que lhe forem fiéis. Seja qual for a imagem concreta que respalda esta

passagem, a verdade é que os fiéis, de uma maneira ou outra, levarão o

distintivo inconfundível de que pertencem a Deus.

(c) Também é possível que tenhamos aqui uma imagem do Antigo

Testamento. Quando Deus ensinou a Moisés qual devia ser a bênção que

Arão e seus filhos pronunciariam sobre o povo de Israel, disse: “Assim,

porão o meu nome sobre os filhos de Israel” (Números 6:22-27). Em

realidade esta é a mesma imagem, ainda que neste caso numa referência

direta ao Antigo Testamento. Israel levava a marca de Deus, para que

todos os homens soubessem que pertencia a Ele.




































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