“Filadelfia a igreja do amor perfeito”
Texto: Ap.3.7-13.
Filadelfia-pouca força mas era fiel.
Apresenta-Como aquele que tem as chaves...
Introdução:
Vs.7ª. “O Santo”- (1) É chamado "o Santo". O
significado tremendo deste título é que
"Santo" é o nome, título e descrição de Deus.
"Santo, santo, santo,
Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os
serafins cantarem
(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe
seja igual?
— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso
Santo, o
Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o
Antigo
Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído
ao
Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra
"santo".
Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado,
aquele que é
diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos
homens:
possui como próprias essas qualidades de ser e de existência
que os
homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem
somente a Deus.
Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a
dizer que
Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus.
Vs.7b- “Verdadeiro”- (1) É chamado "o Santo". O
significado tremendo deste título é que
"Santo" é o nome, título e descrição de Deus.
"Santo, santo, santo,
Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os
serafins cantarem
(Isaías 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe
seja igual?
— diz o Santo” (Isaías 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso
Santo, o
Criador de Israel, o vosso Rei” (Isaías 43:15). Em todo o
Antigo
Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído
ao
Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra
"santo".
Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado,
aquele que é
diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos
homens:
possui como próprias essas qualidades de ser e de existência
que os
homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem
somente a Deus.
Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a
dizer que
Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus. chega ao
fim nossa busca da verdade; os vagos perfis de Deus se
convertem em algo do passado; nEle temos a verdade, a
realidade, o
próprio Deus.
Vs,7c-“Tem as chaves”- Ele é aquele que tem a chave de Davi,
aquele que abre e
ninguém pode fechar, aquele que fecha e ninguém pode abrir.
Primeiro
veremos que a chave é um símbolo de autoridade. A figura de
Jesus
Cristo que nos pinta esta imagem é a dAquele que possui a
autoridade
final, a que nada nem ninguém pode questionar.
Mas atrás desta imagem também há uma idéia que encontramos
no
Antigo Testamento. Ezequias tinha um servo fiel que se
chamava
Eliaquim. Este Eliaquim tinha as chaves da casa do rei, e
era o único que
podia abrir a porta para os que desejavam ver o rei. E
diz-se de Eliaquim:
“Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele
abrirá, e ninguém
fechará, fechará, e ninguém abrirá” (Isaías 22:22). Esta é a
imagem que
João tem em mente. Jesus, e somente Ele, tem plena
autoridade para
permitir o ingresso à nova Jerusalém, a nova cidade de Davi.
Somente
Ele pode nos permitir entrar na presença de Deus, tal como o
servente
fiel da antigüidade tinha as chaves para abrir as portas aos
que queriam
ver o rei. Tal como se afirma no Te Deum: "Abriu o
Reino dos Céus a
todos os crentes". Ele é o novo e vivo caminho rumo à
presencia de
Deus. É através de Jesus Cristo que se abre a porta do Reino
dos Céus e da presença de Deus; Ele possui a chave que pode abrir ou fechar o
acesso ao Céu.
Vs7d-“Porta Aberta”- (1) Pode ser a porta da oportunidade
missionária. Paulo, escrevendo
aos coríntios com relação à tarefa que o esperava no futuro,
diz: “porque
uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu” (1
Coríntios
16:9). Quando Paulo chegou a Trôade, “uma porta se me abriu
no
Senhor” (2 Coríntios 2:12). Pede aos colossenses que roguem
a Deus que
se lhe abra uma porta para pregar o evangelho (Colossenses
4:3).
Quando Paulo voltou para Antioquia contou como Deus tinha
aberto a
porta da fé aos gentios (Atos 14:27). Este significado é
particularmente
apropriado no caso de Filadélfia. (a) Há uma porta aberta de
oportunidade missionária diante de cada
cristão. Não há necessidade de viajar a lugares longínquos
para cumprir
o mandamento de pregar o evangelho. Na própria família, no
círculo das
amizades mais íntimas, na própria paróquia há aqueles que
necessitam de
Cristo e a quem pode ser anunciado o evangelho salvador.
Usar essa
porta é ao mesmo tempo nosso privilégio e nossa oportunidade
muito
especiais.
(b) No caminho de Cristo a recompensa pelo trabalho bem
feito é
mais trabalho a fazer. Filadélfia tinha demonstrado sua
fidelidade e a
recompensa por esta era ter maiores oportunidades para
continuar
servindo a Cristo. Não é a comodidade do descanso bem
merecido, mas
sim mais fatiga e trabalhos o que Cristo nos dá como prêmio.
(2) Sugeriu-se que a porta aberta que está diante dos
cristãos em
Filadélfia é o próprio Jesus Cristo . Jesus disse "Eu
sou a porta" (João
10:7, 9). A porta que se abre diante dos cristãos de
Filadélfia pode ser o
próprio Cristo, como porta que se abre à presença de Deus.
(3) Sugeriu-se que a porta é a porta da comunidade
messiânica.
Com Jesus Cristo chegou a nova era; foi inaugurado o novo
reino de
Davi. Do mesmo modo como no antigo reino Eliaquim tinha a
chave
para abrir a porta que conduzia à presença do rei, assim
Jesus Cristo tem
as chaves e é Ele mesmo a porta para todos aqueles que
desejem entrar
na presença de Deus.
(4) Independentemente de todas estas coisas, a porta da
oração é
uma entrada a Deus que está aberta em todo o tempo a todos
os homens.
Qualquer pessoa pode entrar pela oração e encontrar-se na
presença viva
de Deus. E esta é, por certo, uma porta que ninguém jamais
poderá
fechar e que Jesus Cristo abriu ao dar seguranças aos homens
com
relação ao amor de Deus o Pai.
Podemos estar seguros que tanto a porta da oportunidade
missionária como a porta da oração são vias de ingresso que
permanecem sempre abertas para todos os cristãos.
Vs8e-“Pouca força”- "guardaste minha palavra e não
negaste o
meu nome" ambos os verbos estão em tempo aoristo, modo
que descreve
uma ação completada em algum momento do passado; a idéia é
que os
cristãos de Filadélfia deveriam ter atravessado por alguma
prova, da qual
emergiram vitoriosos. Suas forças eram escassas, seus
recursos
irrisórios; mas se guardassem sua promessa de fidelidade a
Cristo veriam
algum dia amanhecer o Sol de seu triunfo em Cristo. A
fidelidade do
cristão deve alimentar-se da visão de um mundo para Cristo,
porque esse
mundo depende da fidelidade com que cada cristão viva sua
fé.
Vs.9- “Siangoga de satanás”- I. “...Sinagoga de Satanás”. A
presente expressão, ocorre aqui e em (2.9): nas igrejas de Esmirna e Filadélfia
respectivamente. E basta confrontar essas igrejas a luz do contexto e verificar
que, são as únicas no Apocalipse que não receberam: repreensão do Senhor Jesus.
O vocábulo “sinagoga” só ocorre uma vez no AT (Sl 74.8 LXX),
onde aparece como tradução de “mô’~edh”. No Novo Testamento o termo grego
“synagog~e” é usado cerca de cinqüenta e seis vezes. Porém, sempre com sentido
literal (Lc 4.16, 20, 28, 33; 7.5 e 8). No livro de Atos dos Apóstolos há
muitas referências ali sobre “sinagogas”. As sinagogas tiveram sua origem
durante o cativeiro de Israel no império babilônico. Pensa-se que nos dias de
Jesus na terra havia mais de 500 sinagogas em Jerusalém. Nas igrejas de Esmirna
e Filadélfia, os gnósticos tinham fundado duas sinagogas. No dizer dos tais
gnósticos estas sinagogas eram o “lugar” do auge, de todo o saber (deles).
Diante dos olhos divinos, elas foram e são classificadas: “de sinagogas de
Satanás” (2.9 e 3.9). “Os chefes gnósticos, segundo se diz, degradavam a pessoa
de Cristo e sua missão ; negavam também a possibilidade da encarnação do Verbo,
Jesus, o filho eterno (fc. Jo 1.14); negavam a expiação pelo sangue de Cristo;
tinham ainda um ponto de vista deísta relativamente a Deus; negavam o
verdadeiro destino humano, ou seja, a participação final na natureza do Verbo
(1 Jo 2.23). João, diz que, tais elementos são seguidores do Anticristo e,
acrescenta: “qualquer” que negue o Filho ou a encarnação do Verbo, é mentiroso.
Neste versículo, pelo menos, o termo usado em sentido lato e indefinido.
“Qualquer” que negue a doutrina da encarnação do Verbo (humanidade) de Cristo
tem a atitude do Anticristo. Os gnósticos, que se tinham deixado levar pela
escravidão de Satanás, resolveram abandonar suas casas – e fundarem duas
sinagogas na Ásia Menor: Uma Esmirna, e outra em Filadélfia.
Vs.10-“Palavra da paciência”- Significa que a promessa vai
dirigida aos quais tenham praticado a mesma classe de
paciência que
Jesus viveu na Terra. Quando somos chamados a demonstrar
paciência, a
paciência de Cristo significa três coisas para nós. Em
primeiro lugar,
oferece-nos um exemplo. Em segundo lugar, é uma fonte de
inspiração.
Devemos andar posto nosso olhar nEle, quem, pela alegria que
lhe tinha
sido prometido suportou a cruz, desprezando toda vergonha
(Hebreus
12:1-2). A visão da paciência de Cristo é ao mesmo tempo
nosso modelo
e inspiração. Mas, além disso, a paciência de Cristo é a
garantia de sua
identificação conosco quando somos chamados a suportar com
paciência
algum sofrimento. Ele, por ter sofrido, sendo tentado, é
capaz de nos
socorrer quando nós somos tentados (Hebreus 2:18). Sabemos
que nossa confiança está posta em alguém que atravessou por nossas mesmas
circunstâncias, e que é capaz de ajudar aos que têm que
vivê-las.
Vs.11. “Eis que venho sem demora”- (1) Significa uma
advertência para os despreocupados. Jesus
mesmo nos contou a parábola do servo ímpio, que pensou que
seu senhor
nunca viria e se aproveitou de sua ausência para agir de
maneira
incorreta e perversa. Quando o senhor voltou, de maneira
repentina e
sem advertência prévia, castigou sua maldade, julgando-o e
condenandoo
(Mateus 24:48-51). Paulo adverte os tessalonicenses com
relação à
terrível sorte que espera o desobediente e o incrédulo
quando Jesus seja
revelado no Céu e se vingue de seus inimigos (2
Tessalonicenses 1:7-9). Pedro adverte a seus leitores que terão que dar conta
de suas ações
perante Aquele que vem para julgar os vivos e os mortos (1
Pedro 4:5).
No Novo Testamento a idéia da vinda do Senhor serve para
advertir aos
que pensam que podem fazer o que desejam que o dia do acerto
de
contas vem, e que portanto sua perspectiva para o futuro é o
juízo divino.
(2) Significa uma tranqüilidade para os oprimidos. Tiago
recomenda aos destinatários de sua carta que tenham
paciência, porque o
dia da vinda do Senhor se aproxima (Tiago 5:8). Muito em
breve suas
penúrias passarão. O autor de Hebreus exorta à paciência,
porque aquele
que há de vir virá logo, sua vinda não vi demorar (Hebreus
10:37). A
idéia é que se os cristãos podem suportar pacientemente um
pouco mais,
o dia de seu resgate virá, e logo.
Vs.12. “Coluna no templo do meu Deus”- (1) O cristão fiel
será uma coluna no Templo de Deus. Uma coluna
da Igreja é alguém que recebe a honra e o reconhecimento de
ser um dos elementos humanos em que a Igreja se apóia. Pedro, Tiago e João eram
as colunas da Igreja em Jerusalém, nos tempos primitivos
(Gálatas 2:9).
Abraão — diziam os rabinos judeus — era a coluna do mundo.
Como
uma coluna poderosa, o cristão fiel passa a fazer parte da
estrutura
arquitetônica da Igreja de Deus.
(2) O cristão fiel "nunca mais sairá dali". É
possível que esta
expressão mescle partes de pelo menos dois significados.
(a) Pode ser uma promessa de segurança. Já vimos como,
durante
muitos anos, os habitantes de Filadélfia viveram
aterrorizados por
constantes terremotos e como quando estes sobrevinham todo
mundo
tinha que sair correndo para fora, para evitar as paredes e
tetos que caíam
em cima do desprevenido. Uma vez terminado o terremoto,
voltavam
para suas casas, mas tinha chegado a dominá-los uma
permanente
incerteza. Para eles a vida era um constante sair e entrar,
num clima de
insegurança. A promessa é que com Cristo já não haverá mais
saídas. Para o cristão fiel, existe a promessa de uma serenidade sedentária na
paz que Jesus Cristo pode dar.
(b) Alguns estudiosos crêem que a promessa aqui, refere-se à
firmeza do caráter moral. Nesta vida até os melhores às vezes
agem bem,
às vezes mal. Experimentamos todo o tempo recaídas no gosto
pelas
coisas proibidas. Há momentos dos quais estamos
envergonhados. Mas
aquele que for fiel chegará, em algum momento de sua
evolução moral, a
ser como uma coluna no Templo de Deus, que ninguém pode
tirar de seu
lugar, pois terá conquistado o mal e derrotado o tentador,
convertendo a
bondade e a justiça na atmosfera normal de sua vida. Se este
for o
significado, a imagem descreveria uma vida de constante
serenidade
moral, tal como a que conseguiremos viver quando, superadas
as lutas
deste mundo, desfrutemos de paz na presença de Deus.
(3) Jesus Cristo escreverá sobre o cristão fiel o nome de
seu Deus.
Há várias imagens que podem estar presentes aqui:
Nas cidades da Ásia Menor, e em Filadélfia entre elas,
quando um sacerdote tinha completado suas obrigações profissionais de maneira
fiel durante toda sua vida, os fiéis honravam sua memória, quando
morria, erigindo uma nova coluna no templo onde oficiou,
escrevendo
nela seu nome e o nome de seu pai. Aqui se descreveria o
reconhecimento permanente duradouro com que Jesus recompensa
a
fidelidade em seu serviço.
(b) Pode ser, também, que se faça referência ao costume de
marcar
ao escravo com o nome de seu dono. Do mesmo modo como o amo
põe
sua marca sobre o escravo, para demonstrar que este lhe
pertence, ou o
boiadeiro sua marca sobre os animais que formam parte de seu
rebanho,
para distingui-lo de outros como deles, Deus porá sua marca
sobre os
que lhe forem fiéis. Seja qual for a imagem concreta que
respalda esta
passagem, a verdade é que os fiéis, de uma maneira ou outra,
levarão o
distintivo inconfundível de que pertencem a Deus.
(c) Também é possível que tenhamos aqui uma imagem do Antigo
Testamento. Quando Deus ensinou a Moisés qual devia ser a
bênção que
Arão e seus filhos pronunciariam sobre o povo de Israel,
disse: “Assim,
porão o meu nome sobre os filhos de Israel” (Números
6:22-27). Em
realidade esta é a mesma imagem, ainda que neste caso numa
referência
direta ao Antigo Testamento. Israel levava a marca de Deus,
para que
todos os homens soubessem que pertencia a Ele.
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