sábado, 12 de maio de 2012

“SARDES ESPLENDOR NO PASSADO DECADÊNCIA NO FUTURO”


“SARDES ESPLENDOR NO PASSADO DECADÊNCIA NO FUTURO”



TEXTO: Ap.3.1-6.





INTRODUÇÃO: No tempo de João, Sardes, antes capital do antigo reino de Lídia, era comparativamente insignificante. Até a igreja participava dessa humilhação – tens nome de que vives, e estás morto (v. 1). Sir W. M. Ramsay disse que em nenhum outro lugar pode encontrar

um contraste tão melancólico entre o esplendor passado e a decadência.

Sardes era uma cidade degenerada. Vejamos sua história, porque a carta

à Igreja em Sardes está escrita tendo em mente essa história.

Setecentos anos antes que se escrevesse a Carta a Sardes, esta

localidade era uma das cidades mais magníficas do mundo. Desde Sardes

governava o rei de Lídia, com esplendor oriental sobre seu vasto

império. Na época do Apocalipse, Sardes era uma cidade oriental, hostil

ao mundo helênico e temeroso de tudo o que fosse grego. Esquilo, o

grande dramaturgo grego, escreveu com relação a Sardes: "Os que

habitam perto de Tmolus juraram destruir o jugo helênico."

Sardes estava localizada no meio da planície do rio Hermus. Ao

norte dessa planície ergue-se a longa cordilheira do monte Tmolus;

desde essa cordilheira se apartam uma série de cadeias menores, como

esporões, cada uma das quais abrange uma estreita meseta. Sobre um

destes esporões, a quinhentos metros de altura, levantava-se a Sardes

original. É evidente que essa posição convertia Sardes numa praça

militar virtualmente inexpugnável. Os lados da meseta eram suavemente

escarpados; somente podia penetrar-se em Sardes pelo lugar onde a

meseta se unia à cadeia de Tmolus. Mas ainda por esta passagem o

ingresso era difícil e íngreme. Tem-se dito que Sardes se elevava como uma enorme torre de vigia sobre o vale do Hermus. Chegou o momento

quando o espaço de que dispunha a cidade em sua meseta foi muito

estreito para a expansão de suas edificações. Sardes seguiu crescendo,

então, sobre o sopé da meseta. O nome de Sardes (Sardeis em grego) é

uma palavra plural, porque em realidade tratava-se de duas cidades, a

cidade sobre a meseta e a cidade no vale abaixo da meseta.

Vs1-Nessa atmosfera generalizada de degeneração e decadência a

própria Igreja cristã em Sardes tinha perdido sua vitalidade e seu poder,

parecia-se mais a um cadáver que a uma Igreja viva. A Igreja em Sardes

era uma Igreja degenerada numa cidade degenerada.

*(1) É aquele que tem os sete espíritos de Deus. Já nos tínhamos

encontrado com esta frase estranha em Apocalipse 1:4. Seu significado

pode ter dois aspectos:

(a) Denota o Espírito Santo, em seu sétuplo dom, uma idéia que se

fundamenta em Isaías 11:2. O sétuplo dom é a sétupla manifestação do

Espírito Santo.

(b) Denota o Espírito em sua sétupla atuação. Há sete Igrejas na

Ásia, e entretanto em cada uma delas o Espírito opera na plenitude de

sua presença e poder. Em cada uma delas sua presença é igualmente

plena e completa. Os sete espíritos significam, então, a universalidade da

presença do Espírito Santo.

(2) É aquele que tem as sete estrelas. As estrelas representam as

Igrejas e seus anjos. A Igreja é de Jesus Cristo. Ele é aquele que tem,

possui, é dono da Igreja. Em muitas oportunidades e lugares as fomes

agem como se a Igreja lhes pertencesse, como se tivessem direito de

administrar e governar a Igreja para acomodá-la a seus próprios  objetivos ou interesses. Mas a Igreja, e cada uma das congregações que

estão nela, pertence a Jesus Cristo e todos os que estão na Igreja são seus

servos. No que respeita a qualquer decisão relacionada com ela, em sua

Apocalipse (William Barclay) 137

totalidade ou em qualquer de suas partes, o fator decisivo não deve ser

jamais o que querem os homens que a Igreja faça, mas sim qual é a

vontade de Jesus Cristo, seu Senhor, Amo e Proprietário.

*A DIFERENÇA  ENTRE MORTE E VIDA

A terrível acusação que se levanta contra a Igreja em Sardes é que

mesmo quando goza de uma boa reputação por sua atividade, no fundo

está morta. O Novo Testamento relaciona muito freqüentemente o

pecado com a morte. Nas Epístolas Pastorais lemos: “A que se entrega

aos prazeres, mesmo viva, está morta” (1 Timóteo 5:6). O Filho Pródigo,

quando volta à casa de seu pai, é aquele que estava morto e agora vive

(Lucas 15:24). Os cristãos de Roma, por serem homens e mulheres que

aceitaram a Jesus Cristo como seu Salvador, são vivos entre os mortos

(Romanos 6:13). Paulo diz que seus conversos, antes de terem conhecido

o Evangelho, estavam mortos em suas transgressões e pecados (Efésios

2:1,5). O efeito do pecado é uma espécie de morte

(1) O pecado é a morte da vontade. Se alguém aceitar o convite do

pecado, chega muito em breve ao momento quando é incapaz de aceitar

qualquer outro convite. Os hábitos vão deitando raízes nele, até que já

não pode abandoná-los, por mais forte que seja seu desejo de fazê-lo. A

indulgência vai apoderando-se dele até que não tem forças para viver de

outra maneira, ainda que odeie seu comportamento. Chega-se ao ponto,

como observava Sêneca, de que alguém odeie e ame seus pecados ao

mesmo tempo. É um estado no qual o homem é, definitivamente, escravo

do pecado. Há poucos de nós que não tenhamos experimentado a força

de um mau hábito. É tão grande o poder do pecado que termina sempre

invariavelmente matando a vontade.

(2) O pecado é a morte dos sentimentos. O processo de converter-se

em escravo do pecado não se produz da noite à manhã. A primeira vez

que um homem peca, ele o faz com vacilações e dúvidas. Pensa que isso

não deve voltar a suceder outra vez. Mas chega o momento, se continua

fazendo o que sabe que é incorreto, quando as vacilações e dúvidas já

não o detêm, pois nem sequer as experimenta. Antes, teria ficado

horrorizado ver-se a si mesmo nessa situação. Agora, o faz sem temores, sem remorsos, com toda naturalidade. O pecado, como diz Burns,

"petrifica os sentimentos". A tragédia do pecado é que mata o mais

elevado e superior do homem.

(3) O pecado é a morte da beleza: pode tomar as coisas mais belas e

transformá-las em feias. Como conseqüência do pecado o desejo pelas

coisas mais altas pode transformar-se na ambição de poder; o desejo de

servir pode chegar a ser a vontade torcida de dominar a outros com

favores; o amor e o desejo que deste emana, convertem-se em luxúria. O

pecado mata a beleza da vida.

É somente mediante a graça de Deus que podemos escapar à morte

do pecado, ressuscitar dessa morte, mesmo quando o pecado nos tenha

totalmente prisioneiros em suas garras

A IGREJA LIVRE DE AMEAÇA

A morte da igreja em Sardes teve um efeito muito estranho.

(1) Não havia heresias que ameaçassem a Igreja em Sardes. Não há

indicação alguma da presencia em Sardes de falsas doutrinas, ou da

influência de mestres com idéias contrárias ao Evangelho. A Igreja em

Sardes era muito ociosa intelectualmente para dar-se ao trabalho de

pensar. A heresia sempre é o produto de uma mente que busca e

investiga, é, em realidade, um sinal de vitalidade e inteligência; indica,

pelo menos, que há aqueles que tentaram pensar as coisas por sua própria

conta. A heresia em geral é o acento desequilibrado de um aspecto da

verdade.

Se sublinhamos muito a divindade de Jesus Cristo, caímos no

docetismo, uma heresia segundo a qual a humanidade de nosso Senhor

teria sido só aparente. Se acentuamos muito a humanidade, pelo

contrário, Jesus Cristo converte-se numa figura heróica, no melhor dos

homens bons. Se acentuarmos muito a Lei, caímos no legalismo que

mata o espírito; se acentuamos muito a graça caímos no antinomianismo

O DEVER DE ESTAR VIGILANTE

(1) A vigilância deveria ser uma atitude constante da vida cristã. “Já

é hora de vos despertardes do sono”, diz Paulo (Romanos 13:11). E

também: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé” (1 Coríntios 16:13).

Segundo se tem dito, "A constante vigilância é o preço da liberdade", e

pode ampliar-se este provérbio afirmando: "A vigilância eterna é o preço

da salvação".

(2) O cristão deve estar vigilante contra as armadilhas do demônio

(1 Pedro 5:8). A cidade de Sardes conhecia, em sua história, o perigo que

corre uma guarnição quando seu guarda não vigia constantemente. O

cristão está sendo atacado todo o tempo pelos poderes que buscam

separá-lo de sua lealdade a Cristo e do caminho do bem. Em geral estes

ataques são sutis e disfarçados. Portanto, a gente sempre deve estar em

guarda.

(3) O cristão deve estar vigilante contra a tentação. Disse Jesus:

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mateus 26:41). A

tentação espera os momentos em que não estamos em guarda, e então

ataca. Um momento de paixão pode nos fazer descuidar nosso

autocontrole. Uma fraqueza transitiva da vontade pode nos fazer vacilar

no propósito de não ter nada que ver com o mal. A fadiga, a tristeza, o

Apocalipse (William Barclay) 141

esgotamento, podem reduzir nosso poder de resistência. Um momento de

exagerada confiança em nós mesmos pode converter-se num momento

de ruína. Na vida cristã deve-se vigiar o ataque da tentação cada vez

com maior cuidado.

(4) Em repetidas ocasiões o Novo Testamento exorta os cristãos a

esperar vigilantes a vinda do Senhor. “Portanto, vigiai, porque não sabeis

em que dia vem o vosso Senhor”. “O que, porém, vos digo, digo a todos:

vigiai!” (Mateus 24:42-43; Marcos 13:37). Paulo acrescenta: “Assim,

pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos

sóbrios” (1 Tessalonicenses 5:6). Nenhum homem sabe quando será o

momento em que a eternidade invadirá o tempo. "O último dia, diz

Agostinho, "é um segredo, para que cada dia vigiemos". Devemos viver

cada dia de nossas vidas como se fosse o último.

(5) O cristão deve estar vigilante contra os falsos ensinos e os falsos

mestres. No último discurso de Paulo aos anciãos de Éfeso, adverte-os de

que lobos rapaces vão invadir o rebanho, de fora, e que de dentro se

levantarão homens ímpios que falarão coisas perversas. "Portanto", dizlhes,

"estejam vigilantes" (Atos 20:29-31).

(6) E o cristão não deve esquecer que assim como ele monta guarda

por Jesus Cristo, Jesus Cristo o está guardando. O Cristo ressuscitado

diz: "Não achei tuas obras perfeitas diante de Deus." Aqui nos saem ao

encontro duas grandes verdades.

(a) Cristo espera algo de nós. Muito freqüentemente vemos Cristo

como Aquele que nos dá coisas; esperamos que Ele nos dê poder, ajuda,

apoio, consolação. Mas não devemos esquecer nunca que Ele espera

nosso amor, nossa lealdade e nosso serviço. O cristianismo nunca deve

conceber-se como uma relação unilateral na qual nós recebemos tudo e

nunca damos nada. Cristo espera de nós o serviço e o amor que

possamos lhe oferecer.

(b) O que devemos fazer é o que está ao alcance de nossa mão. Há

um dito em inglês, muito antigo e muito verdadeiro: "O senão é o que

estamos obrigados a fazer, o destino o que podemos fazer." O cristão não

Apocalipse (William Barclay) 142

crê num senão iniludível, mas sim crê num destino, que pode aceitar ou

rejeitar. Cristo espera algo de cada um de nós; há algo que cada um de

nós pode fazer por Ele.

Vs.3-(1) O Cristo ressuscitado diz: “Lembra-te, pois, do que tens

recebido e ouvido.” Neste caso a exortação está (no idioma grego do

original) em presente imperativo, e significa: "Segue lembrando, lembra

cada dia, nunca te permitas esquecer..."

O Cristo ressuscitado está dizendo aos letárgicos cristãos de Sardes

que devem lembrar o entusiasmo e emoção que experimentaram ao

ouvirem o evangelho pela primeira vez. É um fato da vida que certas

coisas afiam a memória que está fraca.

Quando voltamos a visitar a tumba de um ser querido, o lugar volta

a nos trazer em toda sua acuidade o sentimento de tristeza e dor que um

dia experimentamos. Quando voltamos para um lugar onde vivemos uma

experiência muito profunda, a visão das coisas que nos rodeiam reacende

em nós o deleite ou a amargura que nos invadiram naquela circunstância.

Os sentimentos voltam para nós com uma intensidade que o tempo tinha

conseguido aplacar. Várias vezes, ao longo de sua vida, o cristão deve

voltar a pôr-se de pé diante da Cruz, para lembrar com toda clareza o que

Deus tem feito por ele.

(2) O Cristo ressuscitado diz “Arrepende-te...” Neste caso o verbo é

um aoristo imperativo, que descreve, em grego, uma ação completada.

Na vida cristã deve haver um momento decisivo, quando fazemos a

opção de deixar atrás todas as coisas velhas e começar um novo

caminho. Trata-se de uma crise fundamental na vida, o corte definitivo

de um estilo de vida e a decisão firme de iniciar uma vida nova. É uma

meia-volta completa, graças a qual iniciamos nossa marcha com Cristo e

Apocalipse (William Barclay) 143

não seguimos escapando dEle. Todo ser humano deve dar-se conta que o

cristianismo não é hábito ou empecilho, mas sim a conseqüência de uma

decisão consciente e crítica.

(3) O Cristo ressuscitado diz: “Guarda-o...” (o que tens recebido e

ouvido). Aqui voltamos ao presente imperativo, que indica uma ação

continuada. Significa: "Nunca deixe de observar, de guardar os

mandamentos do evangelho; guarda-os e observa-os diariamente; transita

pelo caminho cristão cada minuto de sua existência." Esta é uma

advertência contra o que poderíamos chamar "cristianismo

espasmódico". Muitos de nós somos cristãos um dia e não cristãos no

dia seguinte. Muitos de nós somos capazes da maior nobreza um dia, e

da maior deslealdade no dia seguinte. Podemos agir com uma bondade

quase sacrifical num momento, mas depois seremos brutalmente

egoístas. O mandamento do Cristo ressuscitado é que perseverantemente,

dia a dia, guardemos e observemos os mandamentos e as exigências do

evangelho.

(4) Por último, temos o mandamento de ser vigilantes. Há um

antigo ditado latino que reza: "Os deuses caminham com seus pés

envoltos em lã." Aproximam-se de nós, quer dizer, sem que nos

tenhamos dado conta de sua proximidade, surpreendem-nos com sua

presença. Num momento inesperado, sem que tenhamos podido prevê-lo,

encontramo-nos um dia frente a frente com a eternidade. Mas isto não

nos poderá suceder se cada dia de nossa vida o vivemos à sombra da

eternidade, se cada dia de nossa vida o vivemos na presença e companhia

de Jesus Cristo. Aquele que anda com sua mão na dEle, não poderá ser

tomado de surpresa por sua vinda em glória.

Vs.3b-(3) O Cristo ressuscitado diz: “Guarda-o...” (o que tens recebido e

ouvido). Aqui voltamos ao presente imperativo, que indica uma ação

continuada. Significa: "Nunca deixe de observar, de guardar os

mandamentos do evangelho; guarda-os e observa-os diariamente; transita

pelo caminho cristão cada minuto de sua existência." Esta é uma

advertência contra o que poderíamos chamar "cristianismo

espasmódico". Muitos de nós somos cristãos um dia e não cristãos no

dia seguinte. Muitos de nós somos capazes da maior nobreza um dia, e

da maior deslealdade no dia seguinte. Podemos agir com uma bondade

quase sacrifical num momento, mas depois seremos brutalmente

egoístas. O mandamento do Cristo ressuscitado é que perseverantemente,

dia a dia, guardemos e observemos os mandamentos e as exigências do

evangelho.

(4) Por último, temos o mandamento de ser vigilantes. Há um

antigo ditado latino que reza: "Os deuses caminham com seus pés

envoltos em lã." Aproximam-se de nós, quer dizer, sem que nos

tenhamos dado conta de sua proximidade, surpreendem-nos com sua

presença. Num momento inesperado, sem que tenhamos podido prevê-lo,

encontramo-nos um dia frente a frente com a eternidade. Mas isto não

nos poderá suceder se cada dia de nossa vida o vivemos à sombra da

eternidade, se cada dia de nossa vida o vivemos na presença e companhia

de Jesus Cristo. Aquele que anda com sua mão na dEle, não poderá ser

tomado de surpresa por sua vinda em glória.

Vs.4a-No versículo 4 brilha, através das trevas, um raio de esperança. Até

em Sardes há um remanescente fiel. Deus, em sua misericórdia, busca

Apocalipse (William Barclay) 144

com mais afã os bons que os maus. Quando Abraão está intercedendo

perante Deus por Sodoma, diz-lhe: "Longe de ti exterminar o justo com

o pecador" (Gênesis 18:25). Deus busca com paciência, até encontrar um

remanescente fiel. Na antiga história dos reis de Israel, somente Aías foi

perdoado, entre todos os filhos de Jeroboão, porque nele se encontrou

uma atitude positiva para com o Deus de Israel (1 Reis 14:13). Deus

nunca deixa de buscar seu remanescente fiel, nunca chegam a confundirse,

no olhar de Deus, os bons e os maus, mesmo quando estejam muito

mesclados.

Va.- Vestidos

A tríplice promessa para todos os que foram fiéis é a seguinte:

(1) Serão vestidos com uma túnica branca. Já se tem lido no

Evangelho que os justos "resplandecerão como o Sol no reino de seu

Pai" (Mateus 13:43); o próprio Deus, segundo o salmista, estaria

"vestido" de luz (Salmo 104:2). O que representa, então, a túnica branca?

(a) No mundo antigo as túnicas brancas eram usadas nos dias de

festa e regozijo. “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais

falte o óleo sobre a tua cabeça” recomendava o pregador aos que

queriam viver contentes (Eclesiastes 9:8). A túnica branca pode

representar o fato de que os fiéis serão convidados ao banquete celestial.

(b) No mundo antigo as túnicas brancas representavam a vitória.

Quando em Roma se celebrava algum triunfo militar todos os habitantes

da cidade vestiam túnicas brancas. A cidade, então, recebia o nome de

"cidade branca". As túnicas brancas podem representar, então, a

recompensa daqueles que ganharam a vitória e são reconhecidos como

vencedores por Deus.

Apocalipse (William Barclay) 146

(c) Em toda terra e época o branco é a cor da pureza; neste caso,

pode significar aquela pureza cuja recompensa é o privilégio de ver a

Deus (Mateus 5:8).

(d) Sugeriu-se que as túnicas brancas podem representar os corpos

ressuscitados que os fiéis levarão algum dia. Os que forem fiéis

compartilharão a pureza branca da luz que reveste a Deus em pessoa.

Não é necessário que escolhamos entre os diversos significados

possíveis das túnicas brancas; podemos pensar que todos estes fazem

parte de uma promessa muito grande para esgotar-se numa única forma

de bem-aventurança.

(2) Seus nomes não serão apagados do Livro da Vida. O Livro da

Vida é uma idéia que freqüentemente aparece na Bíblia. Moisés estava

disposto a ser riscado do Livro da Vida se seu sacrifício fosse suficiente

para livrar a seu povo das conseqüências do pecado que tinha cometido

(Gênesis 32:32-33). O salmista tem a esperança de ver o nome dos

ímpios apagados do Livro da Vida (Salmo 69:28). No dia do juízo, serão

salvos os que estiverem inscritos no livro (Daniel 12:1). Estão escritos

no livro os nomes dos colaboradores fiéis do apóstolo Paulo (Filip. 4:3).

Aquele que não tem seu nome escrito no Livro da Vida será lançado no

lago de fogo (Apocalipse 20:15). Somente os que estão escritos no Livro

do Cordeiro entrarão com Ele na bem-aventurança (Apocalipse 21:27).

Na antigüidade os reis levavam um livro no qual se anotavam os

nomes de todos os cidadãos. Se alguém cometia um crime contra o

Estado, era apagado do livro, assim como era apagado, normalmente, ao

morrer. Que nosso nome esteja escrito no Livro da Vida significa que

somos cidadãos fiéis do Reino de Deus.

(3) Jesus Cristo confessará seus nomes diante de seu Pai e dos

anjos. A promessa de Jesus é que se alguém confessar seu nome diante

dos homens, Ele confessará o nome de sua testemunha diante de Deus; e

se alguém o negar diante dos homens, Ele o negará diante de Deus

Apocalipse (William Barclay) 147

(Mateus 10:32-33; Lucas 12:8-9). Jesus Cristo será sempre fiel com os

que sejam fiéis a Ele.






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